Bruno fala sobre recomendação do MP em relação às passarelas dos ambulantes: 'Querendo aparecer'
O Ministério Público da Bahia vistoriou nesta quarta-feira (31/1), as passarelas que serão utilizadas pelos ambulantes durante o Carnaval de Salvador e verificou a necessidade de reparos e correções
Na manhã desta sexta-feira (2/2), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), falou, em conversa com jornalistas, sobre a recomendação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) de interditar a estrutura de passarelas montada para os ambulantes no Carnaval de Salvador, no circuito da Barra.
"O Ministério Público pediu para a gente não utilizar a plataforma antes que sejam emitidos os laudos. É óbvio, não precisava nem pedir isso, eu não iria fazer isso", começou o gestor municipal, que acrescentou: "Espero que o futuro possa mostrar que tinha muita gente querendo aparecer e que, no final das contas, caiu do cavalo".
O prefeito também disse que, neste momento, a decisão da prefeitura em relação à estrutura é seguir com a montagem. "Depois que tiver os devidos laudos, os devidos pareceres, é que ela vai entrar em funcionamento. A medida que a prefeitura tem a adotar é continuar implantando a plataforma".
Ao ser questionado se estaria sendo alvo de perseguição política, devido às eleições municipais que acontecem em outubro, Bruno Reis negou, mas afirmou que pode, sim, haver um "componente político" na recomendação do MP:
"Não tenho medo de perseguição de ninguém, não. Agora, é óbvio que, em ano eleitoral, os temas acabam tendo um componente político. Mas, tenho convicção de que o que estou fazendo é o melhor. Não entendo o motivo e a razão de tanta polêmica, em um assunto que não mereceria a gente estar gastando tempo e energia".
ENTENDA O CASO
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) vistoriou nesta quarta-feira (31/1), as passarelas que serão utilizadas pelos ambulantes durante o Carnaval de Salvador e verificou a necessidade de reparos e correções.
O órgão solicitou que o projeto de execução seja atualizado e apresentado com os elementos estruturais recalculados de acordo com o executado. Dentre as adequações necessárias apontadas está a necessidade de descer o nível dos apoios das sapatas de concreto para um nível de areia abaixo de 60 cm, de forma que a passarela não fique apoiada em cima de areia e sujeita à movimentação.
A Central de Apoio Técnico (Ceat), do Ministério Público estadual, também apontou a necessidade de se realizar a ancoragem da estrutura na própria contenção, como reforço para evitar o giro da projeto. Foi apontada, também, a importância de revisar todos os pontos de apoio, adequando peças que não estão em prumo e não estão instaladas de forma central.
De acordo com a coordenadora da Ceat, a promotora de Justiça Andrea Scaff, as orientações técnicas para as correções já foram passadas, em campo, para a empresa que presta o serviço para a prefeitura de Salvador. “As alterações foram acolhidas e a empresa se comprometeu a fazer as modificações propostas”, afirmou a promotora de Justiça.
Na tarde desta quinta-feira (1/2), a Ceat e a coordenação do Carnaval 2024 se reuniram em teleconferência com o Corpo de Bombeiros, Semop e Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) para tratar do assunto. Ao longo da próxima semana, e durante o Carnaval, serão realizadas novas vistorias nas passarelas para verificar as adequações.
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