Brasil x Israel: Lula vive impasse sobre sanção do Dia da Amizade entre países

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), crítico do governo israelense, tem até a próxima quarta-feira (18) para decidir se sanciona ou veta o projeto de lei que institui o dia 12 de abril como o Dia da Celebração da Amizade Brasil-Israel.

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Desde o início de seu terceiro mandato, em janeiro de 2023, Lula mantém uma relação tensa com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, especialmente após o início da guerra entre Israel e o grupo Hamas, também em 2023.

O conflito, que ainda persiste, já resultou na morte de aproximadamente 55 mil palestinos, segundo dados divulgados por autoridades locais.

Brasil e Israel

O conflito entre as nações se agravou em fevereiro de 2024, quando Lula, durante uma viagem à Etiópia, comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao genocídio promovido pela Alemanha nazista contra os judeus.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza não tem paralelo na história recente. Aliás, só vimos algo semelhante quando Hitler resolveu exterminar os judeus”, afirmou o presidente. A declaração levou o governo de Israel a declarar Lula como "persona non grata".

O chanceler israelense, Israel Katz, classificou a fala como um ataque antissemita, acusando Lula de comparar “a guerra justa em Gaza” ao extermínio de seis milhões de judeus pelo regime nazista.

Projeto de Lei

O projeto atualmente em análise pelo presidente foi enviado ao Congresso há 12 anos, ainda durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013.

Dilma vetou uma proposta semelhante que instituía o dia 29 de novembro como o "Dia da Celebração da Amizade Brasil-Israel". À época, o veto foi justificado pelo fato de que a data coincide com o “Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino”, celebrado pela ONU.