Bolsonaro cita Bruno Covas ao criticar medidas de isolamento, e filho do ex-prefeito rebate fala; "atacou quem não está mais aqui"
A declaração do líder do Executivo foi dada nesta última segunda-feira (2/8). Covas faleceu em maio deste ano, em decorrência de um câncer.
Créditos da foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/reprodução/TwitterO presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as medidas de isolamento, adotadas por prefeitos e governadores, e citou o ex-prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), que morreu em maio após um câncer.
A declaração do líder do Executivo foi dada nesta última segunda-feira (2/8). "Um fecha São Paulo e vai para Miami. O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai ver Palmeiras e Santos no Maracanã. Esse é o exemplo", disparou o presidente, em conversa com apoiadores.
O episódio citado por ele ocorreu em janeiro deste ano. Na ocasião, Covas assistiu à final da Copa Libertadores, no estádio carioca, ao lado do filho, Tomás Covas.
Ao receber críticas, o ex-prefeito, que já estava em tratamento contra o câncer, disse que era um sonho dele e do filho. "Depois de tantas incertezas sobre a vida, a felicidade de levar o filho ao estádio tomou uma proporção diferente para mim. Ir ao jogo é direito meu", afirmou, em seu perfil no Instagram.
"COVARDE"
Após a repercussão da fala de Bolsonaro, Tomás, saiu em defesa do pai e criticou o presidente. Em declaração, ele chegou a chamar o presidente de "covarde".
“Lamento a fala dita hoje pelo incompetente e negacionista presidente Bolsonaro. Em uma fala covarde hoje durante a tarde, ele atacou quem não está mais aqui conosco, não dando direito de resposta ao meu pai. Além disso, cumprimos com todos os protocolos no estádio do Maracanã, utilizando a máscara e sentando apenas nas cadeiras permitidas”, desabafou o rapaz, em mensagem enviada ao jornal Folha de S. Paulo.
Ele também relembrou o episódio do estádio. “Meu pai sempre foi um homem sério e fez questão de me levar ao Maracanã no fim da sua vida para curtirmos seus últimos momentos juntos. Isso é amor! Bolsonaro nunca entenderá esse sentimento”, concluiu o garoto.
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