'Bahia é um estado de paz', diz Jerônimo sobre índices de violência
Declaração do governador Jerônimo Rodrigues foi dada após Bahia ter sido indicada como segundo estado mais violento no Anuário de Segurança Pública
Por Da Redação.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta segunda-feira (28) que "a Bahia é um estado de paz", ao comentar os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025, que indicam o estado na liderança do ranking nacional de Mortes Violentas Intencionais (MVIs). A declaração foi dada durante uma entrevista a uma de Barreiras, no oeste baiano.
O relatório aponta que a Bahia contabilizou 6.036 mortes violentas em 2024. Embora o número seja o mais alto entre os estados, houve uma redução de 8,4% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 6.579 casos. O estado também aparece com destaque negativo por concentrar cinco das dez cidades com maiores taxas de homicídio do país, entre elas Jequié, que apresentou uma média de 77,6 mortes por 100 mil habitantes.
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Jerônimo minimiza
Durante a entrevista, Jerônimo reconheceu a gravidade da situação, mas disse que a imagem do estado precisa ser contextualizada. “Todos sabem que a Bahia é um estado de paz. Mas esse é um tema muito delicado, que entra na rotina das famílias”, comentou.
O governador também atribuiu parte do problema ao avanço das facções criminosas e à fragilidade das fronteiras nacionais, o que dificulta o combate ao tráfico de armas e drogas. “Esse é um desafio global. Facções e o financiamento do crime organizado preocupam todos os países”, declarou.
Jerônimo voltou a solicitar apoio da União, destacando a complexidade da geografia baiana: “Tenho insistido com o presidente Lula e com o ministro Lewandowski sobre a necessidade de reforçar a fiscalização das fronteiras. A Bahia faz divisa com oito estados. Não é simples.”
Ao ser questionado sobre comparações com governos anteriores, o chefe do Executivo estadual criticou o tom dos debates e defendeu as ações implementadas pela atual gestão, como investimentos em tecnologia, inteligência policial e atuação conjunta com outras forças de segurança pública.
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