46% aprovam: Quaest aponta estabilidade na avaliação do governo Lula

A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada na última terça-feira (16), indica que a avaliação do governo Lula se mantém estável. Segundo o levantamento, 51% desaprovam a atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 46% aprovam. Os números repetem o cenário observado em agosto.

A análise regional mostra que a aprovação é mais alta no Nordeste (60%), seguida por Centro-Oeste/Norte (45%), Sudeste (41%) e Sul (39%). Já a desaprovação se destaca no Sul (60%), no Sudeste (55%), no Centro-Oeste/Norte (52%) e chega a 37% no Nordeste.

Com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%, a pesquisa entrevistou 2.004 pessoas presencialmente entre os dias 12 e 14 de setembro.

Dados da Quaest: avaliação do governo Lula por segmento

Entre recortes específicos, o levantamento mostra que no grupo com renda familiar entre 2 e 5 salários mínimos há empate técnico. O mesmo ocorre entre católicos, após no mês anterior a aprovação ter sido maior. Já entre os evangélicos, Lula continua mais rejeitado (61%) do que apoiado (35%), mas o intervalo de 26 pontos é o menor registrado neste ano.

Desde janeiro de 2025, quando houve empate técnico (49% desaprovação contra 47% aprovação), a diferença entre os índices se mantém em queda. O maior descompasso aconteceu em maio, quando a desaprovação atingiu 57% contra apenas 40% de aprovação — uma diferença de 17 pontos percentuais.

Outro ponto de destaque é o eleitorado que votou branco, nulo ou se absteve em 2022. Nesse segmento, Lula ainda enfrenta mais desaprovação que aprovação, mas a diferença, que em maio era de 38 pontos, caiu para 14 — o menor patamar desde o início da série histórica.

Última avaliação do governo Lula

Divulgada em agosto, a melhora na avaliação de Lula veio na esteira do tarifaço imposto por Donald Trump. Na época, apesar da alta, a desaprovação ao governo Lula seguiu maior que a aprovação: 51% contra 46%. A diferença, contudo, é a menor identificada desde janeiro, e a alta foi sustentada por estados como a Bahia e Pernambuco. 

Já a Quaest deste mês surge na esteira da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a pesquisa, 55% dos brasileiros consideram justa a prisão domiciliar do liberal. Outros 39% avaliam que a medida é injusta e 6% não souberam responder.