Após troca de farpas nas redes sociais, Bolsonaro volta a criticar Marçal: 'Me chamou de quadrilheiro'
O ex-presidente também falou sobre um encontro recente que teve com Marçal
Após uma troca de farpas nas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar publicamente Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo. Em entrevista à coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, Bolsonaro disse que Marçal demonstrou falta de caráter ao mudar de posicionamento político:
“Ele me esculhambava até perto da eleição de 2022. Dizia que a diferença entre Lula e eu se resumia a um dedo e me chamou de ‘quadrilheiro’. Poucas semanas depois, quando não pôde ser candidato à Presidência, mudou de lado na reta final da campanha. Isso é falta de caráter”.
O ex-presidente também falou sobre um encontro recente que teve com Marçal. “Recentemente, eu recebi o Pablo Marçal. Tivemos uma conversa reservada e cordial, entreguei uma medalha [imorrível, imbrochável, incomível] a ele. Duas horas depois dessa reunião, ele espalhou que eu não apoiaria o Ricardo Nunes (MDB). Eu reafirmo que apoio o Nunes e não tenho nenhum compromisso com o Marçal”, ressaltou.
Ao ser questionado sobre a devolução de uma doação de R$ 100 mil que Marçal disse ter feito ao ex-presidente, Bolsonaro respondeu: “Ele deu Pix para quem? A Polícia Federal revirou a lista de doadores e não tem nenhum Pix dele na minha conta, naquela arrecadação feita em 2023. Se ele doou para o partido [na campanha de 2022], o problema é dele. Ao menos ele doou para um candidato honesto”.
Na sequência, ao receber a confirmação de que Marçal doou R$ 160 mil à sua campanha para as releições de 2022, Bolsonaro comentou: “Pablo Marçal doou esperando que eu fizesse um bom trabalho na Presidência ou esperando ganhar algo em troca? Quer contribuir com doação para depois ter uma boquinha no governo ou na prefeitura? E que diferença, né? Num curto espaço de tempo ele me chamar de quadrilheiro e depois doar R$ 160 mil”.
Os repasses foram feitos em três parcelas: R$ 100 mil, R$ 50 mil e R$ 10 mil.
Por mim, o ex-presidente concluiu: “É lamentável que um candidato a prefeito de São Paulo tenha essa postura de fazer doação esperando algo em troca”.
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