CPI do MST desembarca na Bahia e deputados baianos discutem encaminhamentos
O estado foi um dos principais alvos das invasões desde janeiro deste ano. Com os convites, a CPI desembarca em terras baianas
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A Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara Federal, que investiga os atos de invasão de terras no País, aprovou, na ultima semana, os convites a Marcelo Werner, secretário de Segurança Pública da Bahia, e ao coronel Paulo Coutinho, comandante da Polícia Militar da Bahia. O autor dos requerimentos é o deputado federal Capitão Alden, do PL da Bahia. O estado foi um dos principais alvos das invasões desde janeiro deste ano. Com os convites, a CPI desembarca em terras baianas.
Existia a expectativa de o requerimento para a convocação do ex-governador do estado e atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. No entanto, o tema deverá ser votado apenas no retorno do recesso parlamentar, em agosto.
O deputado estadual Robinson Almeida (PT) criticou a convocação dos baianos. “Essa é uma tentativa de criminalizar a luta pela reforma agrária do Brasil, tão necessária e importante, para que o povo brasileiro tenha acesso à terra, possa produzir alimentos e gerar emprego e renda para nossa gente”, disse, em entrevista à TV Aratu e ao Aratu On.
já o seu colega, deputado estadual Diego Castro elogiou a aprovação dos dois requerimentos. “Nada melhor do que, sendo a Bahia um dos focos dessas invasões, desses atos criminosos, ter seus representantes da segurança pública para prestar os devidos esclarecimentos e colaborar com o relatório final dessas investigações”, pontuou.
A CPI do MST, como também é chamada, já dura dois meses no Congresso Nacional. As primeiras ações significativas do MST neste terceiro mandato de Lula começaram na Bahia e provocaram imediata reação do agronegócio, acentuando o clima de desconfiança do setor sobre a garantia de segurança jurídica no campo. No fim de fevereiro, cerca de 1700 integrantes do movimento invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da Suzano, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul do estado. As invasões, com dois meses de governo, contrariaram o discurso de Lula na campanha. Na ocasião, o petista declarou que o MST não ocupava propriedades produtivas.
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