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13/07/2022 20h59 | Atualizado em 13/07/2022 21h00

Vereadora diz que falta de transparência da prefeitura evidencia indústria de multa: “Excesso de dinheiro cujo destino é desconhecido”

Dados divulgados pelo Aratu On mostram que prefeitura arrecadou 35 milhões com multa de janeiro a maio deste ano; Em 2020 foram 20,6 milhões

Vereadora diz que falta de transparência da prefeitura evidencia indústria de multa: “Excesso de dinheiro cujo destino é desconhecido” Foto: Divulgação
Da Redação

A vereadora de Salvador Marta Rodrigues (PT), presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal, disse, nesta quarta-feira (12/07), que a prefeitura da capital baiana promove uma verdadeira indústria de multas com a cobrança excessiva da punição de trânsito, principalmente quando não explica o alto valor arrecadado e qual o destino dessa verba, ao comentar sobre o levantamento feito pelo Aratu On sobre a arrecadação de multas pela Transalvador em quatro anos.

Segundo a petista, há constantes denúncias de dificuldades dos motoristas de recorrerem aos processos, ainda que tenham este direito. “São 35,2 milhões que não se sabe para onde vai, muito menos se aprocedência é justa, quais radares. Além disso, há uma enorme dificuldade da população para recorrer a estas multas, um impedimento que desleal, uma burocracia e pouca gente consegue. Ao mesmo tempo, não vimos intervenções práticas na cidade que tragam mobilidade, boa sinalização – um problema antigo, e mudanças eficientes na engenheira de tráfego. Da prefeitura o que temos é a obra superfaturada e obsoleta que é o BRT que não traz nenhum benefício prático para cidade, destruiu a paisagem e manteve os congestionamentos”, declarou. 

De janeiro a maio deste ano, foram 233.787 multas, totalizando 35, 2 milhões, o maior número dos últimos quatro anos. Em 2020 foram 190.821 multas aplicadas, com total de arrecadação de R$ 20,6 milhões. Um aumento de 22,5%. “Para onde vai esse dinheiro? Desde o governo de ACM Neto que não há respeito à Lei da Transparência, num modelo de gestão autoritário  que não dá satisfação sobre as contas públicas à população.  Isso é grave, e é necessário que seja investigado e explicado”. 

Segundo Marta, outra coisa inexistente na cidade são as campanhas educacionais, que deveriam ocorrer com o valor arrecadado. “O que vemos é a prefeitura gastando excessivamente com propaganda própria. Não adianta sair por aí multando excessivamente e, muitas vezes, em desconformidade com a lei, para encher caixa cuja verba ninguém sabe para onde vai. Essa situação já vem de anos e é evidente”, destacou. 

Ela acrescenta ainda que a prefeitura tenta distorcer a realidade, fazendo maquiagens para a população em todos os sentidos, “Mas não mostra o que faz de fato e concreto para melhorar a qualidade de vida da população. Desde ACM Neto, a sujeira vem sendo jogada para debaixo do tapete, e as crises começam a eclodir, vide a situação ainda mais caótica que ficou o transporte público”, acrescentou.

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Fonte: Da redação