Interior

Investigado por integrar milícia enquanto chefiava Batalhão da PM, "Humberto Cachorrão" é afastado por mais 180 dias

O PM é investigado na Operação Alcateia, que apura, desde outubro de 2020, uma grande milícia instalada no Norte da Bahia. 

Por Da Redação

 Investigado por integrar milícia enquanto chefiava Batalhão da PM, "Humberto Cachorrão" é afastado por mais 180 dias divulgação

O tenente coronel da Polícia Militar, Carlos Humberto da Silva Moreira, conhecido como "Humberto Cachorrão", que já foi comandante do 20º Batalhão de em Paulo Afonso, foi afastado do cargo por mais 180 dias, conforme informou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) nesta quinta-feira (29/4).


O PM é investigado no âmbito da "Operação Alcateia", que apura, desde outubro de 2020, uma grande milícia instalada no Norte da Bahia. Humberto já havia sido afastado do cargo, e o período de afastamento seria encerrado no final de abril. O MP, no entanto, renovou o prazo, como medida ostensiva.


O oficial é suspeito chefiar uma organização criminosa voltada para prática de diversos crimes de homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa, além de outros delitos típicos de atividade de milícia, como tortura e extorsão.


Mesmo com a investigação da "Operação Alcateia" em curso, Humberto Moreira também chefiava o 1º BEIC, um Batalhão de Ensino, Instrução e Capacitação localizado em Feira de Santana. Com a decisão do MP, o oficial superior fica afastado da função pública durante esse período, com a proibição de ingressar nas dependências das estruturas da PM e de entrar em contato, por qualquer meio, com os membros da corporação.


Segundo o Ministério, o afastamento tem o objetivo de garantir a integridade da instrução criminal, já que ficou evidenciado que o "réu utilizava-se do cargo público para praticar ou facilitar a prática dos ilícitos cometidos pela organização criminosa". 


TESTEMUNHA


Nesta quinta (29/), o Aratu On já havia divulgado um vídeo que mostra o sequestro de Alex Cirino Barbosa, no município de Paulo Afonso. Ele foi raptado no dia 7 de abril, e é uma das principais testemunhas da "Alcateia". Alex Cirino ainda é considerado desaparecido, mas o MP trabalha com a hipótese de ele ter sido executado. 


OFICIAL FORAGIDO


Além da renovação do afastamento de Humberto Cachorrão, o MP também informou que pediu a prisão de mais um militar, suspeito de participar do rapto de Alex Cirino, com base nas evidências colhidas na operação Cáfila, deflagrada nesta última quarta (28/4), pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O oficial está foragido.


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