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Câmera de segurança, mentira sobre relacionamento lésbico e cartas de amor: Shirley e Maqueila falam sobre morte na Paraíso Perdido

Em entrevistas concedidas ao jornalista da Record, Roberto Cabrini, as mulheres falaram sobre o relacionamento amoroso entre elas, mas negaram que a morte de Leandro esteja relacionada com o caso.

Por Da Redação

Câmera de segurança, mentira sobre relacionamento lésbico e cartas de amor: Shirley e Maqueila falam sobre morte na Paraíso Perdido  ilustrativa

Principais personagens envolvidas no mistério que cerca a morte de Leandro Troesch, dono de uma pousada de luxo no município de Jaguaripe, a 130 km de Salvador, a viúva Shirley Figueiredo e Maqueila Bastos, ex-funcionária do empresário, voltaram a falar sobre o assunto e reforçaram a tese de que ele se suicidou.


Em entrevistas concedidas ao jornalista da TV Record, Roberto Cabrini, as mulheres falaram sobre o relacionamento amoroso entre elas, mas negaram que a morte de Leandro esteja relacionada com o romance.


Shirley não se sentiu confortável para detalhar o namoro. Maqueila, porém, esteve mais à vontade e revelou que ainda ama a ex-namorada, mas não tem certeza se seu amor continua correspondido.


Maqueila, ouvida em um apartamento em Salvador, disse que as duas tinham planos de morar juntas e ter filhos. Shirley, entrevistada dentro do Complexo Penitenciário da Mata Escura ao lado de seu advogado, se incomodou com o teor das perguntas. Ela se esquivou no primeiro momento, mas afirmou ter "ficado" com Maqueila na prisão. 


"Não sei se é vergonha do relacionamento, não sei o que é que se passa na cabeça dela", avaliou Maqueila, que, inclusive, mostrou a tatuagem com o nome da amada feita em seu braço, no último mês de outubro.


As duas eram ciumentas, segundo Maqueila, e isso fazia com que a relação viivesse momentos conflituosos. Contudo, ela ressaltou que as brigas não estavam atreladas ao empresário e ao triângulo amoroso. "Ela sempre falou que tinha um relacionamento aberto com ele[...] e até falou que um dia ia decidir se iria continuar com ele ou comigo", comentou.


Questionada, Shirley reforçou que Leandro concordava com a situação. "Eu não fazia nada sem, primeiro, comunicar ao meu marido", disse, acrescentando que seu relacionamento com ele era muito tranquilo.


A reportagem da TV Record trouxe ainda uma imagem de câmera de segurança de dentro da pousada onde a morte aconteceu. O vídeo mostra Leandro, aparentemente, nervoso, falando ao celular. Minutos depois, ele teria sido encontrado morto pela esposa, dentro do quarto. A Polícia Civil, porém, sustenta que o empresário foi assassinado. 


Além disso, Roberto Cabrini ainda apresentou à Maqueila cartas de amor que ela teria escrito para Shirley ainda dentro da prisão. Ela, inclusive, confirmou ser a autora das palavras. 


PARAÍSO PERDIDO


Cenário onde o triângulo amoroso aconteceu com maior intensidade, a Pousada Paraíso Perdido, propriedade de Leandro, virou centro das atenções após a morte do empresário, no último dia 25 de fevereiro. 


Maqueila Bastos chegou a ser presa no dia 24 de março, em Aracaju, por estar com um carro alugado - o qual não havia devolvido. No dia 5 de abril, ela foi transferida para Salvador, sendo solta dias depois.


Shirley Silva Figueiredo, viúva do empresário Leandro Troesch, foi presa no dia 9 de maio na zona rural do município de Iaçu, a 279 km de Salvador. Ela tinha mandado de prisão de aberto por descumprir as medidas de prisão domiciliar imposta por conta de outro crime. Além disso, é investigada pela possível execução do marido. 


O inquérito enviado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que indiciava Shirley por homicídio e Maqueila por participação, foi devolvido à Polícia Civil para “prestar diligências”, conforme confirmou o delegado responsável pelo caso Rafael Magalhães, em entrevista ao programa Cidade Aratu

CADEIA DO SAL


Jaguaripe tem, em sua história, "fama" por ter uma Justiça firme. Tudo isso por conta de uma cadeia que, no passado, afogava os presos. A reportagem do Aratu On esteve no local e contou detalhes disso. 


LEIA MAIS:  Jaguaripe: terra de sangue em um "Paraíso Perdido", cidade tem tradição secular de "amaldiçoar" condenados pela Justiça; conheça o inferno



A cidade ficou marcada pelos anos de tortura dentro de uma cadeia que, em 1697, começou a ser construída após o assassinato do francês Félix Bittencourt - marido de Úrsula Maria da Virgens, a mulher mais importante da região -. As décadas se passaram e inúmeros presos foram torturados. 


Exatos 325 anos após a morte do francês, a temida justiça jaguaripense - que ganhou "fama" exatamente pela crueldade imposta no prédio erguido a mando de Dona Úrsula - é obrigada a julgar a morte de um homem que, assim como Félix, era muito conhecido. Quis a coincidência que Leandro Silva Troesch, empresário, fosse encontrado sem vida nas mesmas terras impiedosas com quem comete algum crime brutal. 


Hoje, a Cadeia do Sal fica sob a sede da Prefeitura, onde funcionários e cidadãos passam todos os dias. 


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