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Hierarquia em cheque: com chefes e gerentes fora do "jogo", liderança do Comando Vermelho na Bahia está em aberto

Na hierarquia do crime, o principal nome do CV na Bahia hoje é Josevaldo Bandeira, o "Val Bandeira", um dos fundadores da facção junto com Cláudio Eduardo Campanha da Silva.

Por Da Redação

Hierarquia em cheque: com chefes e gerentes fora do "jogo", liderança do Comando Vermelho na Bahia está em abertoLeandro P/divulgação

A morte de Leandro Marques Cerqueira, o "Leandro P", abriu uma lacuna na liderança, fora dos presídios, da facção criminosa Comando Vermelho na Bahia. O grupo é radicado no bairro do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Os principais chefes da organização, agora, estão atrás das grades ou mortos, segundo levantamento da reportagem do Aratu On com fontes da Secretaria da Segurança Pública. 


Na hierarquia do crime, o principal nome do CV na Bahia hoje é Josevaldo Bandeira, o "Val Bandeira", um dos fundadores da facção junto com Cláudio Eduardo Campanha da Silva. Abaixo deles, estariam os gerentes Antônio Caíque Santos Oliveira, conhecido apenas como "Caíque", e "Leandro P". Ronei Faustino de Oliveira, o "Pai Pequeno", seria o homem de confiança do grupo. 







OS GERENTES 


Quatro destes homens da lista acima estão presos, com exceção apenas de Leandro, que morreu, na quarta-feira (17/8), durante uma operação da Secretaria da Segurança Pública em Feira de Santana, a 110 km de Salvador. Policiais militares e civis disseram que receberam uma informação de que o gerente estava, junto com um comparsa, transportando armas para o Nordeste de Amaralina, quando ambos foram abordados.


Mesmo com a ordem de parada, os dois homens desceram do veículo atirando e acabaram sendo atingidos. Com eles, foram encontrados um fuzil M4 calibre 5.56, uma pistola calibre 380, munições de mesma numeração e para fuzil, 47 pinos de cocaína, seis tabletes de maconha e mesma quantidade de cocaína, um celular, além de aparelhos usados para a comunicação dos criminosos.


O outro gerente do Comando Vermelho, Caíque, está preso desde 2018, quando foi localizado em São Paulo. Ele ganhou respeito dentro do tráfico após ser acusado de matar o cabo da Polícia Militar, Gustavo Gonzaga da Silva, em junho de 2018. Na oportunidade, a vítima foi esquartejada.




Ainda de acordo com a polícia, cerca de dois meses antes, em abril, Caíque teria ameaçado policiais através de redes sociais, logo após uma operação no bairro do Nordeste de Amaralina, que resultou na morte de dois suspeitos. 


OS LÍDERES 


Cláudio Campanha, além de ser considerado pela Secretaria da Segurança como um dos fundadores do então Comando da Paz - que virou Comando Vermelho após "parceria" com traficantes do Rio de Janeiro -, é acusado de diversos homicídios. Ele cumpre pena e, atualmente, está em regime semiaberto na Penitenciária Lafayete Coutinho, no bairro de Castelo Branco, em Salvador. 




"Val Bandeira" também está preso desde que foi localizado pela última vez, em outubro de 2020. O traficante foi localizado durante uma megaoperação. Segundo a SSP, participaram da ação equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da Polícia Federal. 


O criminoso e mais dois comparsas foram capturados na cidade de Tamandaré. O trio, que possuía mandado de prisão, integra, ainda de acordo com a SSP, um bando envolvido com o tráfico de drogas e de armas, além de roubos contra instituições financeiras e carros-fortes. 


O HOMEM DE CONFIANÇA


Ronei Faustino de Oliveira, o "Pai Pequeno", também foi preso em Tamandaré, só que em maio de 2021. De acordo com a Polícia Federal, o suspeito estava em liberdade condicional e foi achado. Ele tinha mandado de prisão em aberto expedido, após ser constatado o rompimento da tornozeleira eletrônica durante a concessão de progressão de regime e liberdade assistida.


"Pai Pequeno", que chegou a ser preso pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia em 2014, por vários homicídios, já estava sendo monitorado novamente pela sua forte atuação no Comando Vermelho, junto com Josevaldo Bandeira.



LEIA MAIS: Francesa é ferida durante assalto em Salvador; grupo de 14 ficou traumatizado e deve voltar para casa antes do previsto



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