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Cena do Crime: os motoristas de aplicativo mortos por ordem de um traficante

O mandante do crime, o traficante conhecido como "Jel", foi executado no dia seguinte ao crime

Por Lucas Pereira

Cena do Crime: os motoristas de aplicativo mortos por ordem de um traficante Bia Lago/Aratu On

Nesta quarta-feira (14/12), o Aratu On continua com o quadro Cena do Crime, que relembra os casos que mais marcaram a Bahia nos últimos anos. No site e no Instagram (@aratuonline), o jornalista Jean Mendes (@jeanmendesc) traz vídeos - de até dois minutos - nos quais, além de repercutir os fatos, ainda aponta novidades, se houver.


No caso de hoje, relembramos a chacina na comunidade Paz e Vida, no bairro da Mata Escura. 








O caso aconteceu em dezembro de 2019. Quatro motoristas por aplicativo foram encontrados mortos e amarrados, dentro de um barraco na localidade Paz e Vida, no bairro da Mata Escura. As vítimas foram identificadas como Genivaldo da Silva Félix, de 48 anos; Daniel Santos da Silva, de 30; Alisson Silva Damasceno, de 27; e Sávio da Silva Dias, de 23 anos. 


Um quinto homem, Nivaldo Santos Vieira,conseguiu, escapar da emboscada e pediu ajuda para policiais da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (48ª CIPM). De acordo com as informações apuradas à época, o crime foi encomendado por Jefferson Soares Palmeira, conhecido com “Jel”, líder da facção criminosa que atuava na região.


Além de “Jel”, Antônio Carlos Santos Carvalho, Marcos Moura de Jesus, Benjamin Franco da Silva, que chegou a ser preso, e um adolescente de 17 anos também foram indiciados. Jefferson foi morto por traficantes rivais e teve o corpo desovado na área do Cia Aeroporto. Já Antônio e Marcos morreram após confronto com a Polícia Militar (PM). 


Sobre a motivação para tamanha barbaridade, duas versões foram apresentadas. A primeira foi trazida pelo delegado titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos, Odair Carneiro, que afirmou que o objetivo do crime era roubar os carros e os pertences das vítimas. Para tal, usaram Benjamin, que se vestia de mulher, para atrair os motoristas.


A segunda versão, apresentada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), foi informada pelo promotor Davi Gallo, e consistia em uma espécie de vingança, pois, no dia anterior ao crime, “Jel” tentou utilizar um veículo de aplicativo para prestar socorro a um parente, mas como nenhum motorista aceitou a corrida, esse familiar do traficante acabou morrendo, despertando sua ira.


DESDOBRAMENTOS DO CASO


Os motoristas foram torturados e mortos no dia 13 de dezembro de 2019 e no dia seguinte (14/12), “Jel” foi executado. Fotos dele sob a mira de uma arma e um vídeo da execução circularam por redes sociais. Ele já tinha sido preso em 2017, por suspeita de torturar uma adolescente e registrar o crime. 


No dia 27 de dezembro, Benjamin foi localizado e preso pela polícia. Ele assumiu a participação, mas alegou ter sido obrigado. “Eu bati em um, porquê fui obrigado. Pra não apanhar, eu tive que bater. Quando começou a matar eu não tava nem lá", comentou na época.


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