Traficante apontado na internet como mandante de chacina dos motoristas é executado; caso foi filmado
Traficante apontado na internet como mandante de chacina dos motoristas é executado; caso foi filmado
O homem apontado na internet como mandante da chacina que vitimou quatro motoristas de aplicativo foi morto. Jerfeson Palmeira Soares Santos, conhecido como "Jel", foi executado neste sábado (14/12). A foto do rapaz circulou nos grupos de WhatsApp momentos depois da localização dos corpos dos trabalhadores, no início da manhã de sexta-feira (13/12). Oficialmente, a Polícia Civil ainda não se pronunciou.
Até a publicação desta reportagem os detalhes sobre o homicídio de Jerfeson ainda não tinham sido dados, mas os suspeitos fizeram questão de registrar o caso. Primeiro, fizeram uma foto do rapaz rendido, com uma pistola apontada para seu rosto. Em seguida, gravaram um vídeo executando o homem em um matagal. Suspeita-se que tudo aconteceu na mesma região onde os corpos dos motoristas foram achados.
Jerfeson era apontado como um dos líderes do tráfico de drogas na localidade conhecida como "Paz e Vida", no Jardim Santo Inácio. Ele já tinha sido preso em 2017 por suspeita de torturar uma adolescente e gravar em vídeo. Agora, a Delegacia de Homicídios Múltiplos quer saber se foi ele o responsável pela carnificina que tirou a vida de quatro homens que estavam trabalhando no momento em que foram surpreendidos.
Na manhã deste sábado, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) anunciou a morte de um dos rapazes que estaria envolvido na ação. Ele foi localizado no bairro de Itinga, em Lauro de Freitas, e morto durante confronto. Também pela manhã, o presidente do Sindicato de Motoristas de Transporte por Aplicativos, Átila do Congo, chegou a afirmar que dois criminosos teriam morrido em uma troca de tiros.
CASO
Foram mortos na chacina Alisson Silva Nascimento Santos, de 27 anos; Sávio da Silva, de 23; Daniel Santos Silva, 31; e Genivaldo da Silva Filho. Uma quinta vítima, Nivaldo Santos Vieira, conseguiu escapar dos criminosos e chamar a PM, por volta das 6h. Em áudios divulgados nas redes sociais, ele detalhou os momentos de terror que passou com os criminosos em um barraco de madeira da comunidade.
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"Disseram que matariam com requinte de crueldade, que iam derramar sangue. Cortaram o cara todo com facão e depois deram tiro. Foi feio. Muito feio", lembrou. "Queria muito viver para contar essa história. Tenho muita fé em Deus. Fui ao IML [Instituto Médico Legal] e encontrei as famílias dos caras... é doloroso demais, não sei o que falar, não...", narrou Nivaldo.
Suspeita-se que os homens tenham sido atraídos por duas travestis que solicitaram corridas. Durante a viagem, os trabalhadores teriam sido abordados e levados para um barraco. O imóvel é pequeno. Pela manhã, várias gotas de sangue foram encontradas no local, o que reforça a tese que todos tenham sido torturados, executados e colocados em sacos.
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