Segurança chora ao lembrar cusparada na face e injuria racial sofridas durante discussão com torcedor no Mineirão

Um segurança do Estadio Mineirão, em Minas Gerais, foi vitima de injurias racial e uma cusparada na face durante uma discussão com um torcedor do Atlético Mineiro. Tudo aconteceu no ultimo domingo (10/11), durante a partida Cruzeiro x Atlético MG. O momento foi filmado por jornalistas que estavam na área reservada para a imprensa do estadio.

Fabio Coutinho, 42 anos, casado e pai de dois filhos ele chorou e  não conteve a emoção ao falar sobre o ocorrido. Em entrevista ao site Super Esportes, ele disse que ficou muito abalado com o caso."A gente estava impedindo que os torcedores passassem por aquele corredor para não se confrontarem com a torcida do Cruzeiro. Só passavam idosos e pais com as crianças. E aquele torcedor se exaltou. Começou a apontar o dedo na minha cara, depois falou 'olha a sua cor' e cuspiu em mim. Os vídeos mostram tudo", contou. Confira o momento das agressões:

O vigilante conta que não revidou a cusparada para não agravar a situação que já estava complicada no estadio."Não revidei porque poderia piorar a situação. Tinha que ter tranquilidade, porque hoje a imprensa poderia estar noticiando que segurança agride torcedor. Poderia perder o emprego se não tivesse sangue frio", acrescentou.

Abalado, Fábio só queria voltar para casa após o episodio e  ainda não pode fazer um boletim de ocorrência. "Hoje, devo fazer o boletim de ocorrência até para que casos como esse não voltem a acontecer". contou.

O segurança considera as agressão injusta e classifica como violência gratuita Não quero me vitimizar, mas foi uma agressão injusta, ato racista, recebi vídeos que comprovam que ele cuspiu na minha face, me agrediu falando da minha cor. Foi uma agressão gratuita a um profissional e a um atleticano", disse o segurança.

O Atlético divulgou nota lamentando o ocorrido:

No final da partida torcedores do Atlético invadiram camarotes destinados a torcida adversaria e deram inicio a uma briga generalizada nas cadeiras da arquibancada. De acordo com a polícia, 53 pessoas acabaram presas nas confusões antes e depois do jogo.

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