Prefeito repudia aglomerações em Salvador; "se quiser pegar o coronavírus, pegue, mas não seja transmissor!"

O prefeito, ACM Neto (DEM), desabafou, nesta terça-feira (21/4) em entrevista ao jornalista Pablo Reis e o apresentador Casemiro Neto, durante o programa da TV Aratu, Que Venha o Povo (QVP). O gestor da cidade disse que repudia ações que se opõem às medidas de restrição social, adotadas contra o novo coronavírus. Neto declarou que não cederá à pressão do setor produtivo e do comércio da capital baiana para suspender o isolamento em Salvador.

"Aglomerações têm que ser condenadas. Elas são um ato de egoísmo. É um ato de egoísmo com o próximo. Cada um tem o direito de fazer o que quiser com sua vida, corra o risco, se quiser pegar o coronavírus, pegue o coronavírus, é um problema seu, mas não seja transmissor para outras pessoas. Nós sabemos que muitos são assintomáticos e transmitem para outros. Por isso, que a gente não pode aceitar qualquer tipo de aglomeração nesse momento. Elas têm o meu mais firme repúdio. É lamentável que a gente veja essa postura que, acima de tudo, é uma postura egoísta e individualista sob o pretexto de uma luta coletiva," declarou Neto.

O decreto Nº 32.297, publicado 27 de março pela Prefeitura de Salvador, que determina a suspensão das atividades do comércio de rua em área superior a 200 metros, será  mantido pelo menos até o dia 4 de maio, assim como o decreto que fechou os shoppings e centros comerciais da capital no último dia 21 de março.

Na entrevista, o prefeito evitou comentar a declaração do secretário estadual de Saúde, Fábio Villas Boas, que propôs que os críticos do isolamento social renunciem ao atendimento público em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), mas disse entender o desabafo. 

Ele afirmou, também, que tem mantido diálogo com a Fecomércio, Fieb, Sinduscon, Ademi, Câmara de Dirigentes Lojistas e o Trade turístico, e demais entidades de representação da classe desde o início da pandemia. "Essa decisão será tomada na hora certa e com base em pareceres técnicos e científicos. No nosso caso, a decisão não será por pressão de ninguém, não será por posição ideológica ou política, ela será técnica e científica, como tem sido até agora." Informou o prefeito.

Confira a entrevista: 

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