Manifestantes ateiam fogo em unidade do Carrefour após morte de homem negro em mercado
Manifestantes ateiam fogo em unidade do Carrefour após morte de homem negro em mercado
A sexta-feitra (20/11), Dia da Consciência Negra, foi marcada por protestos em unidades do Carrefour - de diferentes cidades brasileiras -, após a morte de João Alberto Freitas, 40 anos, na noite dessa quinta-feira (19), em um mercado da rede em Porto Alegre. Em São Paulo, manifestantes atearam fogo na unidade da Pamplona.
Confira:
"FOGO NOS RACISTAS!"
Após o assassinato de João Freitas no Carrefour de Porto Alegre, manifestantes ateiam fogo no Carrefour da Pamplona, em São Paulo.
João Freitas foi espancado e assassinado por dois seguranças na noite de ontem (19), véspera do Dia da Consciência Negra. pic.twitter.com/G6nZHDsqmO
— Jornalistas Livres (@J_LIVRES) November 20, 2020
Em Porto Alegre, diversas pessoas se reuniram, de forma pacífica, em frente ao local do assassinato de João, ostentando faixas e cartazes, aos gritos de "vidas negras importam".
Veja abaixo:
Protesto no Carrefour de Porto Alegre #VidasNegrasImportam pic.twitter.com/teUsUZuXPl
— Clarice Gontarski Speranza (@Oresto18) November 20, 2020
Porto Alegre mais cedo. #CarrefourAssassino #VidasNegrasImportam pic.twitter.com/Oscr0q7PJ2
— Vanessa ?? ? (@vanessasessa) November 20, 2020
ASSASSINATO
João Freitas morreu na noite desta última quinta-feira (19/11) após ser agredido no supermercado Carrefour, na zona Norte de Porto Alegre, às vésperas do feriado da Consciência Negra. De acordo com o Uol, a vítima, identificada como João Alberto Silveira Freitas, teria discutido com a caixa do estabelecimento e foi conduzido pelo segurança da loja até o estacionamento, no andar inferior. Um cliente, policial militar temporário, acompanhou o deslocamento ao lado de uma funcionária do mercado.
Durante o percurso, Freitas teria desferido um soco contra o PM, segundo afirmou a funcionária em depoimento à polícia. "A partir disso começou tumulto, e os dois agrediram ele na tentativa de contê-lo. Eles (o PM e o segurança) chegaram a subir em cima do corpo dele, colocaram perna no pescoço ou no tórax", observou o delegado plantonista Leandro Bodoia. A cena lembra o que aconteceu com George Floyd, que morreu sufocado nos Estados Unidos ao ser contido por policiais.
Vídeos que mostram o espancamento e a tentativa de socorristas de salvarem o homem circulam nas redes sociais desde a noite desta quinta-feira (19/11). Na gravação, Freitas recebe de um dos homens vários socos na região do rosto, enquanto o outro tenta segurá-lo. Uma mulher que estava usando proteção facial é vista perto deles, assistindo às agressões. Funcionários do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegaram a se deslocar até o local, fizeram massagem cardíaca, mas ele acabou não resistindo.
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