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Extinto na Bahia, peixe-boi vira "amigo" de pescadores em Itapuã; assista

Nos vídeos que repercutiram na manhã desta quinta-feira (18), o animal é visto nadando livremente entre os pescadores e banhistas da região, que alisam e acariciam o imenso peixe.

Por Mateus Xavier

Extinto na Bahia, peixe-boi vira "amigo" de pescadores em Itapuã; assista Créditos da foto: Redes sociais

Um peixe-boi-marinho, conhecido como "Tupã", foi flagrado, em vídeo, no litoral do bairro de Itapuã, em Salvador. Os vídeos foram feitos na manhã de quinta-feira (17/11). Responsável pelo núcleo de pescadores local, Arivaldo de Sousa Santana, detalhou ao Aratu On sobre as aparições do animal. 


Vídeos que repercutiram na manhã desta quinta-feira (18) mostram o animal nadando livremente entre os pescadores e banhistas da região, que alisam e acariciam o imenso peixe. Surpreendendo os banhistas, os pescadores tranquilizam que a situação é comum, como pode ser ouvido nos registros.


"Ele é manso, é tranquilo. Um animal lindo desses", salientou um dos trabalhadores do lugar. 


Em entrevista ao Aratu On  Ari detalhou que os encontros com o "Peixão de Itapuã" são comuns. "Ele é famoso. Neste ano, foram duas aparições. Ao todo, já foram mais de quatro", afirmou. Sobre o comportamento manso do peixe, ele confirmou. "Sempre muito quieto. Os pescadores jogas iscas para ele, que fica entre a gente". 




Por meio de nota, a Guarda Civil contou que "Tupã" foi reintroduzido em seu habitat no ano de 2012. Ele foi resgatado ainda filhote em 2005 e levado para o Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio, localizado na Ilha de Itamaracá (PE), onde permaneceu por seis anos em processo de reabilitação. Em 2011, o animal foi transferido para o cativeiro em ambiente natural localizado em Porto de Pedras (AL) e, em 2012, foi reintroduzido na natureza, no litoral alagoano. 


Segundo o comandante de GEPA, Robson Pires, a aproximação, o toque e a oferta de alimentos podem causar uma dependência dos animais a estas ocasiões e trazer dificuldades para a adaptação deles à vida livre. Além disso, existem doenças que podem ser veiculadas nestes contatos, tanto das pessoas para os peixes-bois, como vice-versa.


O animal é considerado extinto na costa da Bahia, e pode chegar a pesar 800 kg e a medir até 4 metros. Em condições naturais tranquilas, vivem até 60 anos. Apesar do tamanho e do peso de um predador, o peixe é herbívoro, se alimentando de capim-agulha e vegetações aquáticas.



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