Política

Na transição de Jerônimo, Kleber Rosa não garante proximidade com novo governo e fala em "segurança desmilitarizada"

Segundo o psolista, esta decisão deve ser tomada em meados de dezembro, quando a executiva nacional do partido se reúne para decidir se apoiará o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva

Por Matheus Caldas

Na transição de Jerônimo, Kleber Rosa não garante proximidade com novo governo e fala em "segurança desmilitarizada"  divulgação

Candidato do PSOL a governador da Bahia no primeiro turno das eleições, Kleber Rosa afirmou que a presença do partido na transição para o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) não assegura apoio da sigla à gestão do futuro chefe do Palácio de Ondina.


Segundo o psolista, esta decisão deve ser tomada em meados de dezembro, quando a executiva nacional do partido se reúne para decidir se apoiará o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto isto não acontece, no panorama local, o PSOL contribui com a construção da equipe e do programa do novo governador.


“A transição não é um sinal de que nós superamos as diferenças e, agora, já podemos ir para a transição com vistas a entrar no governo. Ao contrário: é o espaço que a gente acredita ser possível um diálogo”, avaliou, em entrevista ao Aratu On.


As diferenças às quais Rosa se refere foram apresentadas ao eleitorado baiano no primeiro turno, quando ele teceu sistemáticas críticas aos oito anos de governo de Rui Costa (PT) e à forma com a qual o PT na Bahia geriu pastas como Educação e Segurança Pública. Apesar das pontuações, o PSOL apoiou a candidatura de Jerônimo no segundo turno, com o próprio Rosa no palanque ao lado dos petistas.


Para ele, neste momento, é possível travar discussões mais técnicas e embasadas sobre pontos de discordância entre PT e PSOL com vistas à definitiva entrada psolista no arco de alianças em torno de Jerônimo. 


“A campanha é muita loucura. A gente não consegue parar para discutir de forma mais detalhada e com a riqueza de atenção que essas questões exigem”, explicou.


“A minha expectativa é de que, ao final desse processo de transição, podendo avaliar o diálogo, o avanço desse diálogo, a gente possa discutir sobre a participação no governo, sim”, acrescentou.


SEM CARGO EM VISTA


Investigador de carreira da Polícia Civil, Rosa garante que Jerônimo não lhe ofereceu nenhum cargo na Segurança Pública em troca de apoio. “Quem pode responder se eu posso ser indicado ou não é quem indica: o governo. Não tive nenhum convite para participar e não fui sondado para participar do governo”, pontuou.


Apesar de não ter sido convidado, ele complementou que toparia participar de projetos voltados para segurança pública. “Isso só é possível se for para implementar um programa de uma cidadania humanizada, de uma segurança pública desmilitarizada, que valorize os direitos humanos, que esteja focada principalmente em garantir a vida e não em promover o confronto”, propôs, citando o intuito de revisar a política de combate às drogas no estado.


“O partido não decidiu participar do governo e não fui sondado. Esse debate não está posto. Mas qualquer possibilidade precisa dialogar com o aceno de Jerônimo para uma mudança”, reforçou.


Atualmente, o PSOL compõe o Conselho Político da transição de Jerônimo sob a chefia de Elze Facchinetti. O grupo discutirá orientações e nomes para os seguintes subgrupos: Povos Tradicionais; Indústria, Comércio e Serviço; Infraestrutura; Mobilidade; Trabalho, Emprego e Renda; Sustentabilidade Ambiental; Saneamento e Recurso Hídrico; Desenvolvimento Rural; Agronegócio; Ciência e Tecnologia; Turismo; Saúde; Cultura; Habitação; Segurança Pública; SJDHDS; Criança e Adolescente; Educação; Política para Mulheres; Sistêmicas e Entidade Metropolitana. O PSOL indicará nomes para compor estes grupos, garantiu Kleber Rosa.


Com 48.239 votos no primeiro turno, o psolista obteve 0,59% dos votos válidos na eleição para governador da Bahia.


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