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Oito meses depois, MP denuncia gerente suspeito de discriminação racial em agência da Caixa

Oito meses depois, MP denuncia gerente suspeito de discriminação racial em agência da Caixa

Por Da Redação

Oito meses depois, MP denuncia gerente suspeito de discriminação racial em agência da Caixaarquivo pessoal

João Paulo Vieira Barreto, ex-gerente da agência Caixa Econômica, foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), no último dia 11 de outubro, após ser acusado de discriminação racial contra  o comerciante baiano Crispim Terral. 


A vítima sofreu injúria racial quando tentava, em fevereiro deste ano, resolver um problema que estava acontecendo com sua conta bancária, localizada no Relógio de São Pedro. No mesmo dia, a Polícia Militar foi acionada e deu um golpe no cliente bancário. A denúncia foi oferecida pela promotora de Justiça Lívia Vaz.


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Por meio de nota, o MP apresentou a denúncia e afirmou que João Paulo agiu de forma racista. "O acusado praticou discriminação racial, ao conferir tratamento discriminatório à vítima, que, além de ter sido tratada de forma diferenciada em relação aos demais clientes da agência, foi apontado como 'esse tipo de gente' pelo denunciado, que exigiu que os policiais algemassem Crispim, ainda que este não tenha cometido qualquer delito".  Lívia Vaz destacou que a situação foi  registrada em vídeo.

 

Agora, o ex-gerente tem 10 dias para se manifestar, de acordo com o advogado da vítima, Marinho Soares. "Estamos satisfeitos por um ponto, claro, mas gostaríamos que o caso fosse tratado com mais celeridade pela Justiça e menos morosidade pela polícia. O ideal é que fosse criada uma delegacia especializada em racismo, para que casos como esse não perdure tanto", disse, ao Aratu On

 

VEJA NOTA NA ÍNTEGRA:

 

O Ministério Público estadual denunciou, no último dia 11, João Paulo Vieira Barreto por crime de discriminação racial cometido contra Crispim Terral de Souza no dia 19 de fevereiro deste ano na agência da Caixa Econômica Federal do Relógio de São Pedro, localizada na Avenida Sete de Setembro, no bairro Dois de Julho.  A denúncia foi oferecida pela promotora de Justiça Lívia Vaz. Conforme a denúncia, as investigações policiais apontam que a vítima, depois de esperar atendimento desde às 10h da manhã, dirigiu-se por volta das 16h à mesa do gerente geral da agência, João Paulo Barreto, para cobrar atendimento que resolvesse sua demanda. Na ocasião, o gerente geral acionou o setor de segurança privada para retirar o cliente do estabelcimento.

 

Depois, a Polícia Militar também compareceu à agência e propôs ao gerente que ele e o cliente se dirigissem até à delegacia. Neste momento, segundo a denúncia, João Paulo teria afirmado que não fazia acordo com "esse tipo de gente", "suspotamente se referindo à raça/cor da vítima", e logo após teria afirmado que somente iria à delegacia se Crispim Terral saísse algemado da agência. Conforme a denúncia, a vítima foi imobilizada por "mata leão" pelos policiais que a retiraram da agência e o denunciado foi embora sem se dirigir à delegacia.

 

A promotora afirma que o "acusado praticou discriminação racial, ao conferir tratamento discriminatório à vítima, que, além de ter sido tratada de forma diferenciada em relação aos demais clientes da agência, foi apontado como 'esse tipo de gente' pelo denunciado, que exigiu que os policiais algemassem Crispim, ainda que este não tenha cometido qualquer delito".  Lívia Vaz destacou que a situação foi  registrada em vídeo.

 

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