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09/10/2019 13h45 | Atualizado em 09/10/2019 13h45

Marinha e Petrobras acham ‘assinatura’ da Venezuela em manchas de petróleo no litoral do Nordeste

Marinha e Petrobras acham 'assinatura' da Venezuela em manchas de petróleo no litoral do Nordeste

Da Redação

Investigações sigilosas da Marinha e da Petrobras encontraram petróleo com a mesma “assinatura” do óleo da Venezuela em manchas que se espalharam até agora por pelo menos 138 pontos – incluindo a Praia do Forte, em Mata de São João -, do litoral dos nove estados do Nordeste. Nesta última terça-feira (8/10) o presidente Jair Bolsonaro disse não descartar uma ação criminosa.

Segundo uma fonte da alta cúpula do governo, ouvida pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, trata-se do mesmo tipo de óleo extraído da Venezuela, o que corrobora rumores a esse respeito veiculados desde a semana passada. A conclusão já foi informada ao Ibama, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Mas não é possível dizer que todo o vazamento que atinge praias tem a mesma origem. A Marinha e a Polícia Federal analisam amostras e não deram informações oficiais. 

Boias e preocupação

O governo de Sergipe anunciou nesta terça (9/10) que colocará boias absorventes para evitar que o óleo que polui a zona litorânea sergipana entre nos rios, sobretudo o São Francisco. Os equipamentos serão cedidos pela Petrobras. O trabalho de retirada do óleo da costa continua, assim como o monitoramento, tanto por parte da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) como por órgãos federais.

A situação preocupa, além das autoridades, ambientalistas. “Sem dúvida é o maior desastre ambiental no litoral do Nordeste do Brasil”, diz Flávio Lima, coordenador geral do Projeto Cetáceos da Costa Branca da Universidade Estadual de Rio Grande do Norte (UERN). Ele e sua equipe estão envolvidos no atendimento dos animais contaminados pelo óleo de origem ainda desconhecida e identificado como petróleo cru.

Até o momento, em todo o Nordeste, 16 tartarugas marinhas, espécie ameaçada de extinção, foram contaminadas pela substância –e o lançamento delas também deixou de ocorrer. O vazamento do óleo já atinge 61 municípios.

“Além do risco de contaminação para a megafauna marinha local, que envolve diversas espécies de aves, cetáceos e o peixe-boi marinho, espécie de mamífero marinho mais ameaçada de extinção do país, é preocupante a exposição da população e dos atores locais que utilizam as praias afetadas”, alerta o coordenador.

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Fonte: Da redação, com informações do Estado de São Paulo