Irmã de suspeito de matar três irmãos em sete de abril diz que ele é inocente; "jogaram pra ele"

A irmã de Erivon da Hora de Jesus, suspeito de ter participado do homicídio de três irmãos no bairro Sete de Abril, em Salvador, acredita que o homem é inocente. Em conversa com a redação do Aratu ON nesta quinta-feira (10/10), a mulher afirma que Erivon foi preso injustamente.

"Estamos arrasados, mas vamos lutar até o fim. Eu não acho que meu irmão é inocente, eu tenho certeza disso", desabafou Adilene dos Santos. Ela conta que foi na Corregedoria de Polícia na última segunda-feira (7/10) e entregou fotos e vídeos que provariam a inocência do irmão.

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"Ele estava na minha casa, dormindo. Temos prints e áudios que mostram ele conversando no momento do crime, com a minha mãe, dizendo que estava em casa", relata Adilene. Segundo a irmã, Erivelton não tinha próximidade nem com as vítimas nem com os outros acusados de cometer o crime.

Erivon foi preso na última sexta-feira (4/10) em uma mega operação. "Foi um batalhão pra pegar o menino, com bastante policial. Entraram na minha casa sem apresentar papel nenhum, pegaral ele e algemaram. Foi horrível!", conta ela. Após o momento da prisão, ela não teve mais contato com o irmão.

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Adilene confirma que o jovem, de 21 anos, já tem passagem por tráfico, mas discorda que ele tenha algum envolvimento com o homicídio. "O passado condena. Os policiais jogaram pra ele porque sabem do passado dele, que ele tem passagem por tóxicos. E eu te digo, se ele tivesse feito, tinha que pagar, mas ele é inocente".

A irmã disse ainda que ele também foi apontado pela polícia por um outro homicídio, em 2017, no mesmo bairro, mas sua inocência nesse crime foi provada. "Entraram na casa de minha mãe, pegaram ele, espancaram, chutaram.. e ele não tinha feito nada", diz ela.

Agora, ela conta que a família tem sofrido ameaça dos mesmos policiais que efetuaram a prisão de Erivelton. Adilene tem preferido dormir na casa de amigos do que ficar na própria casa, com medo de que sofra alguma retaliação. "Mas eu vou lutar até perder as forças, porque ele é inocente".

A Polícia Civil informou, por meio de nota, que "a prisão temporária de Erivon foi embasada em elementos comprobatórios, a exemplo do seu reconhecimento como um dos autores dos disparos, por parte de testemunhas e por ter sido apontado pelos comparsas como um dos executores". O Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) pediu aos familiares do acusado que se dirijam ao departamento para auxiliar as investigações.

Os irmãos foram executados na frente da própria mãe no dia 23 de setembro deste ano. Eles estavam dentro da casa em que moravam, na Rua da Paz, quando foram surpreendidos por homens armados.

Os outros suspeitos são Geovane Nascimento da Silva, preso quatro dias após o crime, em 27 de setembro, e Geraldo Santos de Souza Filho, detido na segunda-feira. Segundo a Polícia Civil, os dois seriam de uma facção criminosa, junto com Erivon, e teriam rixas banais com os irmãos.

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