Ministro da Justiça, André Mendonça diz que investigação do caso Adélio ainda está pendente; suspeito atacou Bolsonaro em 2018

16/05/2020 20h25Atualizado em: 16/05/2020 20h27

Agência Brasil

O novo ministro da Justiça, André Mendonça, disse que parte da investigação da facada sofrida pelo presidente Jair Bolsonaro em 2018, durante a campanha presidencial, ainda está pendente. Para o gestor da pasta, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda deve autorizar a quebra de sigilo telefônico dos advogados de Adélio Bispo, o autor confesso do atentado.

Mendonça falou do assunto em sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu o cargo, aos jornalistas Poder em Foco, no SBT, que vai ao ar neste domingo (17), logo após o Programa Silvio Santos. “Espero que seja o mais breve possível [a decisão do STF], até porque se há algum mandante, se há algum agente externo que tenha motivado ou contribuído para o ato do Adélio, essa pessoa está solta e certamente coloca o presidente da República numa situação de maior risco, se há essa figura”, alertou.

Na entrevista, André Mendonça também falou sobre a saída de seu antecessor, Sergio Moro, e comentou o inquérito sobre a tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal e a resistência Bolsonaro para divulgar os três exames de Covid-19.

“Sem dúvida vigora na administração pública o princípio da transparência, o que não configura que aspectos da intimidade devam ser preservados. Quando nós falamos de um exame médico é a própria saúde física da pessoa, a própria condição dele, às vezes até uma questão familiar. Hoje é uma Covid, amanhã é um câncer, noutro dia um problema no coração. Ou seja, a pessoa não tem direito de tratar a sua eventual enfermidade no seu próprio conceito de intimidade?”, indagou.

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