Líder da "OP", "Coruja" é executado após traição do Comando Vermelho e situação acende alerta em Salvador

O líder da facção criminosa Ordem e Progresso (OP), Thiago Adílio dos Santos, conhecido como "Coruja", foi executado na noite de quinta-feira (13/8) no Rio de Janeiro. O grupo comandado pelo traficante atua em vários bairros de Salvador, principalmente na Liberdade. 

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"Coruja" foi surpreendido por bandidos do Comando Vermelho, do Rio de Janeiro, que têm ligação com o Comando da Paz (CP) - atuante principalmente no Nordeste de Amaralina, na capital baiana -. Como Thiago era aliado do CV - que dava cobertura para ele - e o OP era uma dissidência do CP, a primeira hipótese é que o homicídio tenha sido uma traição. O motivo deve ser investigado pela Secretaria da Segurança Pública. 

Os homens que sequestraram e mataram "Coruja" fizeram questão de divulgar tudo nas redes sociais. Um vídeo, inclusive, foi gravado momentos antes de ele não resistir. "Você está morrendo? Está morrendo, 'Coruja'? Diz aí", grita o cinegrafista amador. Uma fotografia do traficante sequestrado e colocado dentro de um veículo também foi disseminada no aplicativo WhatsApp. 

A morte de "Coruja" pode acirrar a disputa do tráfico em Salvador, especialmente na Liberdade. Procurada pela reportagem do Aratu On, a Polícia Militar admitiu que, por meio da 37ª Companhia Independente (CIPM), intensificou o policiamento no bairro como "forma preventiva para oferecer mais segurança a moradores e comerciantes da região". 

PERIGOSO 

Thiago foi preso em fevereiro de 2009 na cidade de Cabo Frio, Rio de Janeiro, durante uma operação da Polícia Federal que teve apoio da Superintendência de Inteligêcia da SSP baiana com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

Na época, era apontado pela SSP da Bahia como autor de diversos homicídios, entre eles uma chacina ocorrida em 2013. Ainda naquele ano, o rapaz tinha mandado de prisão em aberto e ocupava a carta Seis de Ouros do Baralho do Crime - ferramenta que apresenta os mais procurados da Bahia.

Investigado desde 2010 por tráfico, "Coruja" era responsável por determinar mortes, roubos e distribuição de drogas, em Salvador. Após a chacina de 2013, na Avenida Peixe, bairro da Liberdade, quando cinco pessoas foram mortas, a polícia baiana começou a procurá-lo como alvo prioritário.

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