Em 2022, preço da cesta básica aumentou em todas as capitais pesquisadas; Salvador tem o quarto menor valor
O valor médio da cesta básica soteropolitana, em 2022, foi de R$ 566,33, o que correspondeu a um aumento de 17,51% em relação a 2021 (R$ 481,92).
Em 2022, o valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas, quando se compara dezembro de 2021 com o mesmo mês de 2022, foram registradas em Goiânia (17,98%), Brasília (17,25%), Campo Grande (16,03%) e Belo Horizonte (15,06%). Já as menores taxas acumuladas foram as de Recife (6,15%) e Aracaju (8,99%). Entre novembro e dezembro de 2022, o valor da cesta subiu em 14 cidades, com destaque para Fortaleza (3,70%), Salvador (3,64%) e Natal (3,07%). As reduções de preços ocorreram nas cidades do Sul: Porto Alegre (-2,03%), Curitiba (-1,58%) e Florianópolis (-0,90%).
Em dezembro de 2022, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi observado em São Paulo (R$ 791,29), depois em Florianópolis (R$ 769,19) e Porto Alegre (R$ 765,63). Entre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das outras capitais, Aracaju (R$ 521,05), João Pessoa (R$ 561,84) e Recife (R$ 565,09) registraram os menores valores.
Com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser
suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em dezembro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 6.575,30, ou 5,43 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2021, o salário mínimo necessário foi de R$ 5.800,98, ou 5,27 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.100,00
Salvador
A cesta básica na capital baiana apresentou aumento de 10,13% na comparação entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022, e chegou a R$ 570,70, o quarto menor valor
entre as 17 cidades onde o DIEESE realiza a pesquisa. Entre novembro e dezembro de 2022, os preços dos gêneros alimentícios tiveram elevação de 3,64%.
Em 2022, os valores de 10 produtos tiveram alta acumulada: banana (40,51%), leite integral longa vida (36,81%), farinha de mandioca (35,77%), manteiga (27,05%), pão
francês (26,47%), feijão carioquinha (19,80%), café em pó (13,64%), óleo de soja (7,69%), açúcar cristal (5,81%) e arroz agulhinha (0,16%). Já as diminuições de valor
foram registradas para o tomate (-16,51%) e a carne bovina de primeira (-2,00%). Entre novembro e dezembro de 2022, houve elevação do preço médio do tomate
(19,38%), farinha de mandioca (9,85%), banana (8,28%), arroz agulhinha (2,52%), óleo de soja (2,44%), carne bovina de primeira (2,28%), feijão carioquinha (1,87%),
manteiga (1,35%), café em pó (0,60%) e do pão francês (0,14%). Os produtos com redução de valores foram: leite integral longa vida (-4,50%) e açúcar cristal (-0,71%).
Em dezembro de 2022, o trabalhador soteropolitano remunerado pelo salário mínimo comprometeu 103 horas e 35 minutos da jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais, maior que o registrado em novembro de 2022, 99 horas e 58 minutos. Em dezembro de 2021, o tempo comprometido foi de 103 horas e 38 minutos. Quando comparados o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, a relação foi de 50,91%, em dezembro de 2022, e
de 49,12%, em novembro de 2022. Em dezembro de 2021, o percentual era de 50,93%.
O valor médio da cesta básica soteropolitana, em 2022, foi de R$ 566,33, o que correspondeu a um aumento de 17,51% em relação a 2021 (R$ 481,92). A jornada média
de um trabalhador remunerado pelo salário mínimo para a aquisição dos produtos foi de 103 horas e 20 minutos, maior que a registrada em 2021, quando ficou em 95 horas e 54 minutos. Já o percentual do salário mínimo total empenhado com a compra da cesta soteropolitana passou de 43,81%, em 2021, para de 50,56%, em 2022.
As informações são do DIEESE.
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