Sindicato fala em "grande mobilização" de rodoviários programada para terça-feira em Salvador; "chega de enrolação"

Os rodoviários de Salvador prometem fazer uma "grande mobilização" na próxima terça-feira (11/10), que terá início na madrugada, em protesto à situação de parte dos ex-funcionários da antiga CSN, que encerrou as atividades junto à Prefeitura de Salvador em 2021.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o vereador Helio Ferreira, que é presidente licenciado do Sindicado dos Rodoviários, falou em apoiar os trabalhadores. Os detalhes do movimento, porém, ainda não foram divulgados. 

"Chega de enrolação, a gente também está sendo enrolado. Chega de esperar. A gente precisa se unir nesse momento, para que a gente possa denunciar todos os problemas que esses trabalhadores estão passando. Não há outra saída, a não ser a gente se juntar em um grande movimento", disse Helio no vídeo.

Na legenda que acompanha o vídeo, o vereador ainda ressaltou que, após as demissões, muitos ex-funcionários começaram a passar necessidade. "Esses pais e mães de família estão passando por necessidades no aguardo do direito deles. Não ficaremos de braços cruzados e vamos à luta! É hora de unir forças em uma grande movimentação na próxima terça-feira (11/10) em busca de uma solução para esse problema".

 

 

 

 

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ENTENDA

O protesto acontece porque já se encerrou, no dia 15 de setembro, o prazo para a Prefeitura pagar as rescisões e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos ex-funcionários da antiga CSN, que teve o contrato com a gestão municipal encerrado em março 2021. Na ocasião, os rodoviários ameaçaram fazer uma paralisação de algumas horas, mas o grupo entrou em acordo com a Prefeitura e o ato foi cancelado.

De acordo com o Sindicato, dos 4,5 mil trabalhadores da CSN, 1.118 foram demitidos e não foram recontratados pela Prefeitura de Salvador quando o município assumiu a operação da concessionária de ônibus. Uma parte dos funcionários conseguiu ser admitida em regime de Processo Seletivo Simplificado (Reda).

Após o encerramento das atividades da empresa, a gestão havia prometido empregar todos os ex-funcionários na OT Trans e Plataforma, o que não aconteceu. Desde então, os trabalhadores vem organizando inúmeros e participaram de negociações com a prefeitura.

Após a última manifestação do grupo, que aconteceu no dia 19 de julho, a Prefeitura de Salvador informou, em nota, que "tem buscado intermediar as negociações para a venda dos terrenos da antiga CSN junto a empresas do ramo imobiliário, entretanto, não há interferência do poder municipal nos prazos para pagamento dos valores à empresa ou aos seus funcionários".

A Prefeitura também afirmou que, em função de trâmites burocráticos, a resolução dos processos trabalhistas envolvendo a CSN podem levar até 90 dias, e que os ex-funcionários, em reunião com o prefeito Bruno Reis (UB), haviam se comprometido a "aguardar sem a realização de novas manifestações".

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