"Segundo sol": reator de fusão nuclear chinês supera temperatura do nosso "astro rei" em mais de 10 vezes

Como adiantaram Nando Reis e Cássia Eller, parece que o "Segundo Sol" está, finalmente, chegando. Estamos falando do reator de fusão nuclear chinês Tokamak Experimental Supercondutor Avançado (EAST) que atingiu, na última sexta-feira (28/5), um novo recorde de temperatura. Segundo o blog Tilt, do Uol, a máquina conseguiu chegar a 160 milhões milhões de graus celsius, uma temperatura que supera a do nosso Sol "natural" em mais de dez vezes (15 milhões de graus celsius).

Conforme o Tilt, o "sol artificial", como é conhecido, registrou 120 milhões de graus celsius por 101 segundos, e 160 milhões por apenas 20 segundos. Anteriormente, o recorde era de 100 milhões por 100 segundos.

Mas, não se apavore, caro leitor(a): a expectativa dos cientistas é que a máquina se torne uma importante fonte de energia sustentável ilimitada. Segundo Li Miao, diretor do departamento de física da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul da China, o próximo passo é estabilizar a temperatura do Tokamak por sete dias ou mais. 

Na prática, o objetivo é que o EAST reproduza, de forma controlada, a fusão nuclear que ocorre no nosso Sol e nas estrelas, como alternativa à geração de energia sustentável, já que é mais limpa e confiável. Os pesquisadores, no entanto, acreditam que essa implementação ainda está distante. 

O "sol artificial" integra o integra o Reator Termonuclear Experimental Internacional (ITER), projeto com sede na França, organizado em conjunto pela China, União Europeia, Índia, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos.

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