Laboratório está desenvolvendo remédio que é eficaz contra a nova variante ômicron da Covid-19
Os testes continuam para confirmar os resultados contra todas as mutações da Ômicron e uma atualização é esperada até o final do ano.
Após análises de laboratório da terapia de anticorpos contra COVID-19 que a GlaxoSmithKline (GSK) nesta quinta-feira (2/12) está desenvolvendo em parceria com a norte-americana Vir indicam que o remédio é eficaz contra a nova variante ômicron do coronavírus, anunciou a farmacêutica britânica.
Em comunicado, a GSK disse que testes laboratoriais e um estudo com hamsters demonstraram que o coquetel de anticorpos sotrovimab funciona contra vírus que foram criados com bioengenharia para transportar várias mutações características da ômicron.
Os testes continuam para confirmar os resultados contra todas as mutações da ômicron e uma atualização é esperada até o final do ano, acrescentou no comunicado.
Os anticorpos são concebidos para se prenderem à proteína spike na superfície do coronavírus, mas se descobriu que a ômicron tem uma quantidade anormalmente alta de mutações nessa proteína.
"O sotrovimab foi criado deliberadamente com um vírus mutante em mente", disse o presidente executivo da Vir, George Scangos, acrescentando que o medicamento está visando uma região da proteína spike que muito dificilmente passa por mutações.
Separadamente, a agência regulatória de medicamentos do Reino Unido aprovou hoje o sotrovimab, também conhecido pelo nome comercial Xevudy, para pessoas com casos de COVID-19 entre brandos e moderados que correm risco alto de desenvolver uma doença grave. A Agência Regulatória de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) recomendou o uso do Xevudy o mais cedo possível, até cinco dias após o surgimento de sintomas.
O sotrovimab se baseia em anticorpos monoclonais, que são versões de laboratório dos anticorpos naturais que o corpo cria para combater infecções. Produtos semelhantes são oferecidos ou estão sendo desenvolvidos pela Eli Lilly, a Regeneron e a AstraZeneca.
Na terça-feira (30/12), a Regeneron disse que testes de laboratório e modelos de computador levam a crer que remédios de anticorpos contra COVID-19, incluindo o seu, teriam eficácia reduzida contra a variante ômicron.
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