Brasileira relata drama das queimadas que devastam Los Angeles: ‘As cinzas já chegaram’
Radicada na Bahia, a brasileira Camilla Beranger, de 49 anos, vive há sete meses em Temeluca, cidade situada a cerca de uma hora do Condado de Los Angeles
Fonte: Anna Caroline Santiago
Brasileira mora há uma hora de Los Angeles, onde o fogo está incontrolável. Reprodução: XEmbora resida em Temeluca, cidade localizada a cerca de uma hora de Los Angeles, a publicitária Camilla Beranger, de 49 anos, relata os impactos visíveis das queimadas que devastam o Condado de Los Angeles desde terça-feira (7). Até o momento, quase 2 mil residências foram destruídas, mais de 150 mil pessoas evacuadas e pelo menos cinco mortes confirmadas.
Os incêndios florestais, iniciados na base das colinas em uma reserva natural, atingiram áreas nobres de Los Angeles, começando por Pacific Palisades, entre as Montanhas de Santa Monica e o Oceano Pacífico. A Califórnia está em estado de emergência, e a evacuação em massa tem causado congestionamentos nas estradas.
Natural de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e radicada na capital baiana, Camilla vive em Temeluca há sete meses, com o marido. Embora sua residência não esteja em uma área diretamente afetada pelas queimadas, a publicitária já sente os impactos na cidade. "As cinzas já chegaram, está muito difícil para respirar", relata.
+ Fernanda Torres sai de Los Angeles devido aos incêndios: 'O ar estava muito ruim'
Ela viaja frequentemente a Los Angeles para atender clientes, mas as autoridades recomendaram que a população evite deslocamentos e permaneça em locais seguros. “Costumo ir duas vezes por semana a Los Angeles, mas a recomendação é que fiquemos em casa. A fumaça é visível logo ao sair de Temeluca”, explica Camilla.
Embora sua cidade ainda não tenha sido diretamente afetada, ela destaca a gravidade da situação nas regiões próximas. Camilla participa de um grupo de WhatsApp com brasileiros que precisaram abandonar suas casas devido ao fogo.
O fogo está destruindo Los Angeles. Este vídeo sem dúvidas é um dos mais assustadores. Um homem, junto com o seu cachorro, vê a casa sendo cercada pelo fogo.pic.twitter.com/3dwMvJXAq6
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) January 9, 2025
Camila compartilhou com Aratu On como ficou a casa que uma brasileira trabalhava em los Angeles, após ser tomada pelas chamas; Veja:
Estabelecimento após incêndio em Los Angeles. Foto: Arquivo Pessoal
“Recebemos mensagens constantes de pessoas que estão sendo obrigadas a evacuar. É uma situação desoladora e incontrolável”, lamenta.
Até a tarde de quinta-feira (9), quatro focos de incêndio permanecem ativos, consumindo cerca de 11 mil hectares, segundo o Departamento Estadual de Silvicultura e Proteção contra Incêndios (Cal Fire).
O clima seco e os fortes ventos da temporada de inverno, conhecidos como Santa Ana, têm agravado a situação. Essas rajadas, que podem alcançar até 160 km/h, removem a umidade da vegetação e dificultam o trabalho dos bombeiros.
Gazze'de çocukları diri diri yakan İsrail askerlerini besleyen McDonalds'ın Los Angeles'taki bir şubesi böyle yandı. pic.twitter.com/IK7tiCSnc8
— Odak TV (@OdakTV1) January 9, 2025
As autoridades priorizaram a evacuação de cidades do Condado de Los Angeles, como Beverly Hills, Malibu e Santa Monica, para centros de apoio. Em áreas de risco, sirenes permanecem ativas para alertar a população.
“O governo está oferecendo abrigos e hotéis temporários para os desalojados. Muitos não poderão retornar para suas casas, que foram completamente destruídas”, comenta Camilla. Ela também menciona que grupos já estão organizando doações para ajudar as famílias afetadas.
Nas redes sociais, brasileiros compartilham relatos sobre os desafios enfrentados durante a tragédia, e o antes e depois de como ficaram as ruas e as casas após o incêndio. O desastre já é considerado o mais grave da história da cidade.
Confira:
Leia Mais: Incêndios da Califórnia estão fora de controle, segundo autoridades locais
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).
