União Brasil deve ter Pacheco, Mandetta ou Datena como candidatos à Presidência e não "fará esforço para manter Bolsonaristas"
Na Bahia, dois nomes podem não integrar o União Brasil. São os casos do deputado estadual Capitão Alden (PSL) e o vereador em Salvador, Alexandre Aleluia (DEM).
O presidente do DEM, ACM Neto, reforçou que não vai fazer esforço para que filiados ao seu partido ou ao PSL insatisfeitos com a fusão integrem o Aliança pelo Brasil. A união foi referendada nesta quarta-feira (6/10), em Brasília.
“Nós não vamos fazer nenhum esforço para segurar quem quer ficar. A gente quer que fique quem comungue dos nossos pensamentos e construir um projeto comum para o país. A fusão permite que alguns saiam e, pelo que temos visto, tem uma ala mais radical ligada para o bolsonarismo que está caminhando para deixar o partido”, declarou, em entrevista ao Grupo Aratu.
No partido, o expoente bolsonarista é o ministro do Trabalho e Previdência, Onyz Lorenzoni. Durante a convenção realizada nesta quarta, ele apresentou um requerimento para que o partido apoiasse, em 2022, a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – ele, inclusive, votou contra a fusão de PSL e DEM.
No entanto, há outros exemplos dentro das duas siglas que podem deixa-las após a brecha dada pelos partidos. São os casos do deputado estadual Capitão Alden (PSL) e o vereador em Salvador, Alexandre Aleluia (DEM). Bolsonaristas declarados, ambos fazem críticas sistemáticas a escolhas feitas pelos partidos dos quais ainda são filiados.
CANDIDATURA PRÓPRIA
Neto também ressaltou que o intuito do União Brasil é ter candidato à presidência da República – embora o martelo ainda não tenha sido batido. Três nomes estão na briga: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e o apresentador da TV Band, José Luiz Datena (sem partido).
REPERCUSSÃO
O ex-prefeito de Salvador comemorou a deliberação pela criação do União Brasil.
“O Brasil tem partido político demais. Isso confunde o eleitor, enfraquece o sistema eleitoral e prejudica a democracia. Precisamos diminuir o número entre os partidos e encurtar a distância enorme entre o político e o cidadão. O União Brasil vem para isso: com desejo e objetivo de ser o maior partido deste país”, afirmou.
“É um momento histórico, porque, há muitos anos, não se vê a fusão de dois partidos do tamanho do PSL e do Democratas. Não é fácil um processo como esse. Exige renúncias e uma série de concessões, e a primeira quem fez fui eu ao abrir mão de continuar presidente nacional”, finalizou.