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06/10/2021 15h35 | Atualizado em 06/10/2021 15h38

União Brasil deve ter Pacheco, Mandetta ou Datena como candidatos à Presidência e não “fará esforço para manter Bolsonaristas”

Na Bahia, dois nomes podem não integrar o União Brasil. São os casos do deputado estadual Capitão Alden (PSL) e o vereador em Salvador, Alexandre Aleluia (DEM).

União Brasil deve ter Pacheco, Mandetta ou Datena como candidatos à Presidência e não Foto: divulgação
Matheus Caldas

O presidente do DEM, ACM Neto, reforçou que não vai fazer esforço para que filiados ao seu partido ou ao PSL insatisfeitos com a fusão integrem o Aliança pelo Brasil. A união foi referendada nesta quarta-feira (6/10), em Brasília.

“Nós não vamos fazer nenhum esforço para segurar quem quer ficar. A gente quer que fique quem comungue dos nossos pensamentos e construir um projeto comum para o país. A fusão permite que alguns saiam e, pelo que temos visto, tem uma ala mais radical ligada para o bolsonarismo que está caminhando para deixar o partido”, declarou, em entrevista ao Grupo Aratu.

No partido, o expoente bolsonarista é o ministro do Trabalho e Previdência,  Onyz Lorenzoni. Durante a convenção realizada nesta quarta, ele apresentou um requerimento para que o partido apoiasse, em 2022, a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – ele, inclusive, votou contra a fusão de PSL e DEM.

No entanto, há outros exemplos dentro das duas siglas que podem deixa-las após a brecha dada pelos partidos. São os casos do deputado estadual Capitão Alden (PSL) e o vereador em Salvador, Alexandre Aleluia (DEM). Bolsonaristas declarados, ambos fazem críticas sistemáticas a escolhas feitas pelos partidos dos quais ainda são filiados.

CANDIDATURA PRÓPRIA

Neto também ressaltou que o intuito do União Brasil é ter candidato à presidência da República – embora o martelo ainda não tenha sido batido. Três nomes estão na briga: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e o apresentador da TV Band, José Luiz Datena (sem partido).

REPERCUSSÃO

O ex-prefeito de Salvador comemorou a deliberação pela criação do União Brasil.

“O Brasil tem partido político demais. Isso confunde o eleitor, enfraquece o sistema eleitoral e prejudica a democracia. Precisamos diminuir o número entre os partidos e encurtar a distância enorme entre o político e o cidadão. O União Brasil vem para isso: com desejo e objetivo de ser o maior partido deste país”, afirmou.

“É um momento histórico, porque, há muitos anos, não se vê a fusão de dois partidos do tamanho do PSL e do Democratas. Não é fácil um processo como esse. Exige renúncias e uma série de concessões, e a primeira quem fez fui eu ao abrir mão de continuar presidente nacional”, finalizou.

Fonte: Pablo Reis, de Brasília / Matheus Caldas