Política

Roberto Carlos, Euclides e Félix se reúnem na segunda para definir futuro no PDT de apoiadores de Rui

Ambos seguem como apoiadores solitários da sigla ao governo Rui Costa PT, uma vez que, desde o ano passado, a legenda iniciou o processo de migração de campo político de ACM Neto (DEM)

Por Matheus Caldas

Roberto Carlos, Euclides e Félix se reúnem na segunda para definir futuro no PDT de apoiadores de RuiDivulgação / AL-BA

Os deputados estaduais Roberto Carlos e Euclides Fernandes devem se reunir na próxima-feira (18) com o presidente do PDT na Bahia, Félix Mendonça Jr., para definir se seguem ou não no partido.


Ambos seguem como apoiadores solitários da sigla ao governo Rui Costa, uma vez que, desde o ano passado, a legenda iniciou o processo de migração de campo político para apoiar o virtual candidato do DEM ao Palácio de Ondina, ACM Neto. 


No processo de construção da aliança, o partido perdeu secretarias dentro da gestão estadual, mas emplacou a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, eleita junto com Bruno Reis. A sigla ainda ocupa uma das secretarias mais importantes na capital: a de Saúde (SMS), capitaneada por Leo Prates, presidente do PDT na cidade.


Na última semana, Félix Jr. cobrou que os deputados se posicionem. "Eles têm até o próximo mês pra resolver, senão vou pedir a expulsão por estarem apoiando Rui [Costa (PT)]", disse o dirigente, em entrevista ao portal BNews. Segundo Félix, os dois parlamentares têm evitado se reunir para debater o assunto.


Ao Aratu On, Roberto Carlos despistou sobre o futuro, e disse ter “respaldo” junto à Executiva nacional do partido. “Ele [Carlos Lupi, presidente nacional da legenda] me deixou muito à vontade. Sabe minha história no partido. Tenho 31 anos de PDT, sete mandatos, dois como vereador em Juazeiro e cinco como deputados estadual. Meu primeiro e único partido. Tenho respaldo, sou das executivas nacional e estadual”, defende-se. “Até agora, permaneço no PDT. Não tomei uma posição de sair”, acrescenta.


Euclides Fernandes, por sua vez, adotou o mesmo tom. O parlamentar evita falar em futuro. “Eu estou esperando assentar a poeira, as movimentações políticas. As coisas ainda estão muito indefinidas. Não se sabe como será a construção da esfera federal, a situação do Bolsonaro. São coisas que irão influenciar na nossa decisão. Só podemos tomar uma posição para definir nosso caminho partidário lá em março”, diz.


Ele, contudo, se mostra mais inclinado a seguir apoiando o governo petista. “A minha tendência óbvia. Estamos ao longo dos quatro mandatos apoiando os governos do PT. Para se romper, tem que ter motivo e justificativa dentro de um contexto. O que nós temos é uma história do partido. As saídas da secretaria se deram justamente porque o partido não se posicionava”, sustenta. 


Questionado sobre um possível convite para ser expulso, ele compara o próprio caso ao dos deputados Samuel Jr. e Alex Santana, que, no momento, estão em vias para serem demovidos da sigla. Para Fernandes, ambos não sairão do PDT antes da janela para troca de partido, em março do próximo ano. Os dois são acusados de infidelidade partidária. 


“O campo ideológico está muito presente no momento. A situação é mais de construção no sentido de se preocupar com o processo eleitoral. Nós tivemos uma mudança na estrutura das nossas eleições. O Senado derrubou as coligações. Agora, cada partido terá que se virar”


“Para que a federação seja formada, é a nível nacional. E, nesse nível, é complicado somar os partidos para fazer a reforma federativa”


“O partido aqui na Bahia não tem nem comissão de ética para expulsar Alex e Samuel. Eles vão sair por livre e espontânea vontade quando chegar a janela, mas acredito que eles não sejam expulsos”, opina.


Embora estejam no PDT, partido tradicionalmente ligado à esquerda, Samuel e Alex, que são ligados à Igreja Evangélica, têm se posicionado em favor do bolsonarismo. Atualmente, eles são especulados no PP, possível destino do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas que, na Bahia, apoia o governo Rui Costa – de acordo com o líder do partido na Câmara, deputado federal Cacá Leão, o possível desembarque do chefe de Estado ao PP não mudará o quatro de apoio no estado. 


Atualmente, dentro do governo o PDT ainda conserva dois cartos. O genro de Roberto Carlos, Thales Dourado, é diretor-geral do Ibametro. O filho de Euclides Fernandes, Yann Fernandes, diretor de Desenvolvimento Empresarial na mesma autarquia.  


LEIA MAIS: Cotado para sair a deputado federal, Leo Prates avalia “mês a mês” permanência na SMS


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