Lula diz que segundo turno entre ele e Ciro Gomes seria “extraordinário para o Brasil”
Lula ainda afirmou que não leva para o lado pessoal críticas de Ciro contra ele
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou neste sábado (3/7) que uma possível disputa entre ele e Ciro Gomes (PDT) no segundo turno da eleição presidencial em 2022 “seria extraordinária para o Brasil”.
"Seria extraordinário para o Brasil que disputasse o Ciro e eu o segundo turno, sabe? Eu acho que seria uma vitória da democracia esplendorosa, como era vitoriosa a democracia quando eu disputava com o Fernando Henrique (Cardoso), com o Serra, com o Alckmin", respondeu Lula, ao ser questionado sobre a ideia em entrevista ao jornal paraense O Liberal.
"Quem começou a atrapalhar isso foi o Aécio na campanha contra a Dilma e depois alguns setores da comunicação que decidiram tentar destruir a democracia negando a política, mas se o Ciro for para o segundo turno será uma vitória da democracia, eu só acho que a gente não pode ter nunca mais um fascista na presidência desse país, que nós precisamos consolidar o processo democrático brasileiro", continuou o político, que também afirmou que "não leva para o pessoal" as críticas de Ciro contra ele.
A ideia de um segundo turno entre Lula e Ciro Gomes tem sido lançada pelo próprio Ciro em várias entrevistas. Na sexta-feira (2/7), em entrevista para o Uol, o ex-governador do Ceará falou que era “muito provável” ir para o segundo turno com Lula.
"Há muito tempo acho que o Bolsonaro não estará no segundo turno. Não sei sequer se estará na eleição. Sairá da cabeça da nação brasileira essa espada que obriga a esquecer todas as contradições do Lula e do PT só para se livrar do mal maior, mais emergente, mais doído, que é a tragédia do genocida e corrupto Bolsonaro", afirmou Ciro.
IMPEACHMENT
Lula também defendeu durante a entrevista que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), coloque em discussão os pedidos de impeachment contra Bolsonaro.
“Eu faço questão de dizer que o Bolsonaro tem que ser tratado como um genocida, porque eu nunca vi ninguém tratar com tanto desrespeito a humanidade, eu nunca vi ninguém tratar com tanto desrespeito o seu povo, como o Bolsonaro desde que tomou posse e depois que começou a pandemia. Então agora eu acho que agora esse pedido de impeachment é um pedido mais robusto, porque é um pedido que envolve muita gente da sociedade. (…) Isso não implica que vai ser aprovado o impeachment do presidente, pode não ser aprovado, o Trump teve um pedido de impeachment que não foi aprovado, ou seja, o que é grave aqui é que não seja discutido o impeachment do Bolsonaro por todos os crimes que ele cometeu”.
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