Geraldo Junior não consegue instalar comissões na Câmara após 'boicote' dos governistas

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Junior (MDB), não tem conseguido instalar as comissões permanentes da Casa Legislativa. Isso porque a bancada de governo da CMS orientou os vereadores da base a não comparecerem às reuniões, e os resultados já foram sentidos.

Conforme publicação no Diário Oficial do Legislativo municipal desta quinta-feira (28/04), mais duas comissões não foram instaladas por falta de quórum. Apesar de ter essa orientação da bancada governista, o vereador Palhinha (União Brasil) compareceu à reunião para instalar a comissão de Reparação, mas no entanto o colegiado não foi formado. Além de Palhinha, marcaram presenças Suíca (PT) e Laina (PSOL). O edil do UB não assinou a ata. Outra comissão que também não foi instalada foi a de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Relações Internacionais. Apenas Helio Ferreira (PCdoB) marcou presença. 

Uma das mais importantes comissões do Legislativo municipal, por exemplo, não foi instalada nesta segunda-feira (25/04) por falta de quórum. Apenas os oposicionistas Marta Rodrigues (PT) e Silvio Humberto (PSB) compareceram na sala das comissões. Com isso, o colegiado não foi instalado.

AÇÃO

O grupo governista tenta reunir 30 assinaturas de vereadores em um documento contra Geraldo Junior. O documento, conforme apurado pelo Aratu On, é para iniciar uma ação de proporcionalidade na Justiça, visto que vão reunir 2/3 da Casa. A ideia é invalidar as decisões de Geraldo Junior na composição das comissões. Segundo os governistas, o emedebista teria ignorado o Regimento Interno e decidido os nomes de forma monocrática, sem respeitar os ritos da Casa. Inclusive, conforme a acusação, uma comissão teria sido instalada sem o quórum suficiente.

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O clima entre o presidente da CMS e os vereadores governistas começou a ficar complicado na sessão que reelegeu o emedebista para um mandato a ser iniciado em 2023. Geraldo Junior publicou a convocação para eleição horas antes, pegou diversos edis de surpresa e quis que a votação fosse feita por aclamação. No dia seguinte, Geraldo Junior, até então integrante da base de Bruno, anunciou que seria o candidato a vice-governador na chapa de Jerônimo Rodrigues (PT), principal rival do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil). A movimentação pegou ainda mais a bancada de surpresa.

Por último, Geraldo Junior mudou todas as comissões permanentes da Casa, e colocou diversos vereadores oposicionistas a ACM Neto nas presidências dos colegiados, com exceção de alguns nomes.

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