Bolsonaro comenta assassinato de Marcelo Arruda e questiona jornalista: "o que tenho a ver?"
O policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu o aniversário de Marcelo e o assassinou à tiros, está internado em um hospital de Foz do Iguaçu, onde o crime ocorreu
Nesta segunda-feira (11/7), o presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou o assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, morto no último sábado (9/7). As informações são do Correio Braziliense.
O policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu o aniversário de Marcelo e o assassinou à tiros, está internado em um hospital de Foz do Iguaçu, onde o crime ocorreu. Segundo testemunhas, o policial penal Jorge Guaranho não era conhecido de ninguém na festa, tampouco foi convidado. Ao chegar ao local, ele teria descido do carro, já armado, e gritando "Aqui é Bolsonaro!".
Guaranho chegou a apontar a arma para as pessoas presentes na festa, mas uma mulher que estava com ele, no carro, conseguiu convencê-lo a ir embora. Também havia um bebê no veículo.
Durante uma entrevista no Palácio do Planalto, o presidente se queixou por estar sendo associado ao caso: "O que eu tenho a ver com esse episódio de Foz Iguaçu? Nada". Na sequência, quando perguntado se a polarização política contribui para que crimes como esse aconteçam, o presidente respondeu:
"Somos contra qualquer ato de violência. Eu já sofri um (ato) disso na pele. A gente espera que não aconteça, obviamente. Está polarizada a questão. Agora, o histórico de violência não é do meu lado. É do lado de lá".
Em seguida, Jair Bolsonaro afirmou que estão sempre querendo responsabilizá-lo por crimes de ódios que acontecem no Brasil:
“Querem me criminalizar o tempo todo. É o tempo todo batendo na mesma tecla como se eu fosse responsável por ódio no Brasil. Pelo amor de Deus. Só falta daqui a pouco vir me culpar também por briga de torcida dado o time que eu torço".
APOIO A BOLSONARO
Pelo fato de José ser simpatizante do presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto a festa de Marcelo tinha temática de Lula e do PT, a Polícia Civil acredita que o crime foi motivado por intolerância política. O policial penal federal manifestava apoio a Bolsonaro nas redes sociais, como é possível ver na foto abaixo.
Sobre isso, o presidente comentou, ainda na mesma entrevista: "O cara faz um boletim de ocorrência, diz ele que [o agressor] chega lá gritando 'sou Bolsonaro'. Eu não vi. E eles grafaram na Folha de S. Paulo: 'Bolsonarista mata'. Quando o Adélio me esfaqueou, ninguém falou que ele era filiado ao PSOL".
LEIA MAIS: Exclusivo: STJ mantém decisão de júri que absolveu Kátia Vargas no caso Emanuel e Emanuelle
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Nos siga no Instagram, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 - 7440. Nos insira nos seus grupos!