Adolfo Menezes admite interesse de ir para o TCM, mas, por "lealdade" a Rui, diz que indicação é "quase impossível"
A próxima mudança no TCM deve acontecer em maio, quando o vice-presidente Raimundo Moreira se aposenta
Cotado internamente para se lançar como conselheiro no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD), afirmou que é "quase impossível" que a possibilidade prospere.
Segundo o parlamentar, ele deve lealdade ao governador Rui Costa (PT) e ao senador Jaques Wagner (PT), lideranças que articularam sua chegada à presidência do Legislativo estadual.
"Claro que, indo para o tribunal, eu teria toda a comodidade, não disputaria mais eleições, teria segurança de uma aposentadoria tranquila. Mas, antes de tudo, sou leal", afirmou, em entrevista ao programa Linha de Frente, do Grupo Aratu.
Caso Menezes aceitasse o desafio de ser indicado à vaga, ele precisaria renunciar ao mandato. Desta forma, o vice Paulo Rangel (PT) assumiria a cadeira. Contudo, o regime interno prevê que, neste caso, ele deveria convocar nova eleição para a Mesa Diretora. Neste cenário, diz o deputado, o governo poderia perder a presidência, uma vez que a eleição é secreta.
"No voto secreto, dizem que é a hora que o cara tem vontade de trair. Então, eu digo que posso me arrepender pelo resto da vida, mas sou leal. Então, é quase impossível esta hipótese", brincou.
Atualmente, dos 63 deputados da Casa, 34 são governistas. O contexto de apoio a Rui, no entanto, vive momento incerto, principalmente num cenário de mudanças partidárias e da migração do PP parao bloco opositor ao governo petista.
A próxima mudança no TCM deve acontecer em maio, quando o vice-presidente Raimundo Moreira se aposenta. E o próximo nome deve ser indicado pela própria Assembleia. Os eventuais indicados serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, pelo plenário.
De acordo com a legislação interna, a indicação feita pela Assembleia pode ser realizada, através de requerimento, por 20% dos deputados, pela Mesa Diretora, ou pelo próprio Menezes.
Apesar do indicativo "quase impossibilidade", o parlamentar admite interesse. "Quem é que não quer ir para o céu?", questiona. "Aqui na Bahia, dizem que TCE e TCM são o céu em miniatura", emenda.
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