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Ex-presidente do COB, Nuzman é condenado a 30 anos de prisão por corrupção passiva e organização criminosa

Ele é investigado pela operação Unfair Play, que investigou a compra de votos para a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016

Por Da Redação

Ex-presidente do COB, Nuzman é condenado a 30 anos de prisão por corrupção passiva e organização criminosaTomaz Silva/Agência Brasil

Ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman foi condenado na última quinta-feira (26/11) a 30 anos,11 meses e oito dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, por conta de investigações pela operação Unfair Play.


A condenação foi decidida pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª vara federal criminal do Rio de Janeiro no âmbito da força-tarefa, que investigou a compra de votos para a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016. Segundo o site ge.globo, Nuzman ainda pode recorrer da decisão. 


De acordo com a matéria, a defesa do ex-dirigente sustenta que ele foi condenado sem provas e que isso será corrigido quando o tribunal julgar o recurso.


A condenação é fruto de uma denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), que também envolve o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB), o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, também conhecido como Rei Arthur, o ex-diretor de operações do comitê Rio 2016, Leonardo Gryner, os dirigentes senegaleses do atletismo Lamine Diack e seu filho Papa Diack. Por residirem na França e no Senegal, houve desmembramento dos casos dos dirigentes estrangeiros, assim como ocorreu com Rei Arthur, que também reside nos Estados Unidos.


Cabral Filho foi condenado a dez anos e oito meses de prisão por corrupção passiva, e Gryner a 13 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e organização criminosa.


Nuzman, que presidiu a entidade por 22 anos, já havia sido preso em 2017 por agentes da Polícia Federal. O ex-presidente do COB é suspeito de intermediar a compra de votos de integrantes do Comitê Olímpíco Internacional (COI) para a eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016.


A investigação aponta que o esquema de corrupção teve a participação do ex-governador carioca. O dinheiro teria vindo do empresário Rei Arthur. Em março de 2017, o jornal francês “Le Monde” denunciou que, três dias antes da escolha da cidade brasileira, houve pagamento de propina a dirigentes do COI.


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