"Quem vai definir o que é fake news e o que não é?", dispara Flávio Bolsonaro na CPI da Covid-19
Durante o discurso, o político deu uma informação falsa de que o Brasil seria o quarto país que mais vacina no mundo, quando é o 58º da lista.
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) questinou a veracidade das fake news, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que ouviu, nesta terça-feira (18/5), o ex-chanceler Ernesto Araujo. Por definição, "fake news" são notícias falsas compartilhadas nas redes sociais como se fossem verdade.
"Então, fica aquela discussão: quem vai dizer o que é fake news e o que não é? será que não há uma tendencia maior dessas agencias de checar se essa notícia é fake news quando são favoráveis ao governo e de dar suporte a várias notícias, que são claramente falsas, também como verdadeiras porque são contrárias ao governo?", questinou o senador. As agências citadas por ele são portais de comunicação que checam dados e documentos oficiais para explicar o que é verdadeiro naquela notícia.
O tema veio a tona após diversos senadores questionarem ao ex-chanceler o porquê de o Brasil não ter assinado o acordo mundial contra as fake news, no qual participaram diversos outros países. "Mais de uma vez tem sido falado que o Brasil não ter assinado esse acordo é porque [o país] é a favor das fake news. Óbvio que não. O senhor foi muito claro aqui. O país já dispões de mecanismos para evitar as fake news. Em que pese aqui no Brasil, ainda, as agências que checam se a notícia é falsa ou verdadeira tem um viés ideológico absurdamente maior de oposição ao governo. Absurdamento maior. Por exemplo, eu não vi nenhuma agência checar as falas que foram ditas aqui de que Bolsonaro trata para a população em geral de que a covid era uma gripezinha quando na verdade ele falou do caso dele específico. Isso era pra ser rotulado como uma fake news", alegou o filho do presidente.
Durante seu discurso, Flávio Bolsonaro disse ainda que o Brasil é o "4º país que mais vacinou no mundo, o equivalente a seis vezes o estado de Israel". Segundo um panorama da CNN internacional, essa informação é falsa: o Brasil é o quarto país que mais comprou doses. Porém se analisada a quantidade de doses comprada para cada 100 habitantes do país, o Brasil aparece como 48º. Israel, entretanto, já está vacinando sua população jovem e sem comorbidades e retirou a obrigatoriedade do uso de máscara nas ruas.
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