Após cancelar Festival Virada, Bruno Reis prega cautela sobre Carnaval e diz que espera conversa com Rui Costa
O prefeito diz que solicitou uma audiência com o governador e espera resposta do petista para debater tema
Após anunciar que Salvador não realizará o Festival Virada, o prefeito Bruno Reis (DEM) pediu cautela em relação ao Carnaval. Nesta segunda-feira (29/11), ele reiterou que depende de um entendimento com o governador da Bahia, Rui Costa (PT).
“Já vou antecipar que, como eu vinha dizendo também, estamos empurrando ao máximo para tomar esta decisão. Esta é uma decisão que não depende apenas da Prefeitura. O governador disse que me procuraria e eu disse que procuraria ele, como já o fiz. Estou aguardando a nossa audiência. Espero ter a oportunidade para a gente conversar e tomar esta decisão em conjunto”, declarou.
O Carnaval vem sendo centro de polêmica no noticiário baiano nas últimas semanas. Bruno vem defendendo a realização do evento, e indicou que a Prefeitura já vem organizando os detalhes para realizá-lo. Uma comissão da Câmara de Vereadores sugeriu que o prefeito e o governador anunciassem até o dia 15 se haverá ou não a festa. A sugestão não foi bem recebida por Rui, que retrucou e disse que “não aceitaria ultimado de ninguém”.
Enquanto isto, artistas e entidades carnavalescas vêm pressionando para que haja o Carnaval no próximo ano. Membros do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) e da Associação dos Profissionais de Evento (Ape) realizaram uma manifestação no último domingo (21/11) no Farol da Barra. Nas redes sociais, cantores como Léo Santana e Igor Kannário também defendem a realização da folia momesca.
Apesar dos defensores, há artistas que preferem ponderar a situação. O cantor Gilberto Gil não vai organizar o Expresso 2222 no próximo ano. O camarote é um dos mais tradicionais do Circuito Barra/Ondina. A informação foi divulgada na última quarta-feira (24/11) pela a esposa dele, Flora Gil.
“A pandemia ainda não acabou. A aglomeração é um multiplicador do vírus e o Carnaval é uma aglomeração extraordinária. Tenho receio de produzir uma festa tão grande com duração de uma semana, como o Camarote Expresso 2222, e cooperar com a permanência, e até uma expansão, da pandemia. Tenho muito respeito pela minha vida e a vida alheia”, disse, em entrevista ao Correio.
Com a resistência de Rui, Bruno chegou a mudar o discurso e admitir que a festa pode ser adiada e organizada para outro mês que não fevereiro.
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