Dono e comandante da Cavalo Marinho I são condenados a 9 anos de prisão

Segundo juíza, perícia da Marinha aponta que dono e comandante da Cavalo Marinho I foram imprudentes e negligentes com aspectos de segurança da embarcação

Por Matheus Caldas.

Na semana anterior à data em que se completa oito anos da tragédia com a Cavalo Marinho I, na Ilha de Mar Grande, o dono e o comandante da embarcação foram condenados a nove anos de prisão pelos crimes de homicídio culposo e lesão corporal culposa, no naufrágio que culminou na morte de 19 pessoas, em 24 de agosto de 2017.

A juíza Alcina Mariana Martins, da Vara Criminal de Itaparica, atendeu pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para condenar o comandante Osvaldo Coelho Barreto e o empresário Lívio Garcia Galvão, dono da embarcação Cavalo Marinho I.

Apesar da sentença, assinada na última sexta-feira (15), os condenados permanecerão em liberdade até o julgamento dos recursos que serão impetrados pelas defesas.

Cavalo Marinho I naufragou próximo a Mar Grande; 19 pessoas morreram | Foto: Alberto Maraux / SSP

Segundo a juíza, a perícia da Marinha aponta que Lívio e Osvaldo foram imprudentes e negligentes com aspectos de segurança da Cavalo Marinho I.

“Osvaldo praticou o fato descrito na denúncia, uma vez caberia ao denunciado, na condição de comandante da embarcação, avaliar e decidir suspender a travessia ou prosseguir viagem, tendo agido com culpa por não ter adotado as cautelas necessárias”, diz trecho da decisão.

“Livio, proprietário e armador, praticou o fato descrito na denúncia, uma vez que meses antes do acidente, a lancha Cavalo Marinho I, teve alterada a estrutura da embarcação por determinação e autorização dele (Livio), sem que houvesse comunicação e vistoria pela Capitania dos Portos, a qual aprovasse a mudança realizada”, acrescenta.

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Osvaldo Barreto (à esq.) e Lívio Galvão (à dir.) | Fotos: TV Bahia e acervo pessoal

Naufrágio da Cavalo Marinho I

Ao todo, 116 passageiros, além de quatro tripulantes, estavam na embarcação, naquele dia. Entre eles, 20 pessoas morreram – 19 por conta do afogamento e uma em consequência da depressão, supostamente adquirida a partir dos traumas acumulados depois da tragédia. Além dos 19 óbitos, 64 pessoas ficaram feridas.

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