Caso Martinha: Ex-companheiro é condenado a 29 anos de prisão por júri

Júri popular do "Caso Martinha" condenou o ex-companheiro de Helmarta Luz a 29 anos e 8 meses de prisão pelo assassinato que ocorreu em Valença

Por Da redação.

Foi divulgada a sentença do júri popular responsável pela avaliação do “Caso Martinha”, que teve grande repercussão em 2024. O ex-companheiro da vítima, Carlos Mendes dos Santos Júnior, foi condenado a 29 anos e 8 meses de prisão pelo assassinato de Helmarta Sousa Santos Luz.

Júri Popular do

O julgamento ocorreu nesta terça-feira (7), na 1ª Vara Criminal da Comarca de Valença, no baixo sul da Bahia, e a sentença foi conhecida na noite de hoje, conforme informações da reportagem do Alô Juca, que esteve no local.

Durante o julgamento, iniciado às 8h30, familiares, amigos e moradores da região compareceram para acompanhar a sessão. Na semana anterior, a defesa havia contestado o prazo do sorteio dos jurados, marcado para 3 de outubro. A Justiça acatou parcialmente o pedido, cancelou esse sorteio, mas manteve o julgamento com jurados sorteados anteriormente.

Com a decisão do júri, composto por sete pessoas, Carlos ficará preso em regime fechado. O Aratu On fez uma reportagem explicando como funciona um júri popular e quando o mesmo é aplicado.

Relembre o Caso Martinha

Helmarta, conhecida como Martinha, tinha 38 anos e desapareceu no dia 24 de setembro de 2024, quando saía do trabalho em direção à própria casa, na cidade de Valença. À época, familiares contaram que Helmarta foi para o trabalho pela manhã e, à tarde, voltou para casa para almoçar. Imagens obtidas por câmeras de segurança mostraram que ela chegou em sua residência por volta das 13h e, após esse horário, não foi mais vista.

Deste momento em diante, a única movimentação no apartamento da mulher aconteceu por volta das 16h, quando um carro saiu de ré do imóvel.

Carlos sinalizou à Polícia Civil o desaparecimento de Martinha e prestou depoimento durante o período de buscas pelo corpo. Inclusive, o ex-companheiro da vítima caiu contradição várias vezes durante os depoimentos e sequer colaborou com a realização de exames e perícias. 

O corpo de Martinha foi encontrado no dia 27, três dias após o desaparecimento, dentro de uma mala que havia sido jogada no Rio Jaguaripe, no trecho da Ponte do Funil. Ela e Carlos ficaram juntos por 16 anos e possuem uma filha com a mesma idade. 

Antes mesmo do corpo ser encontrado, ele havia confessado o crime às autoridades policiais e foi preso. Segundo os advogados de defesa da família da vítima, Carlos foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, em virtude da emboscada, ocultação de cadáver e fraude processual. A defesa tentou retirar a qualificadora de emboscada e desclassificar a fraude processual, mas os jurados foram extremamente técnicos e precisos em suas decisões.

Martinha foi sepultada na cidade de Mutuípe, no Vale do Jiquiriçá, no dia 28 de setembro, em uma cerimônia que parou o município e reuniu diversas pessoas para prestar as últimas homenagens.

O juri popular do Caso Martinha aconteceu nesta terça-feira e condenou o ex-companheiro da vítima. Foto: Reprodução/Midia Bahia

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