Interior

Querida, servidora pública é morta após ter casa invadida na Bahia e polícia não descarta retaliação do tráfico

O namorado da vítima fatal, de prenome Iuri, também estava no imóvel e foi baleado.

Por Mateus Xavier

Querida, servidora pública é morta após ter casa invadida na Bahia e polícia não descarta retaliação do tráfico Créditos da foto: redes sociais

A Polícia Civil apura uma execução e uma tentativa que chocou o município de Barra do Choça, a 500 km de Salvador. A servidora pública Lívia da Silva Santos, de 20 anos, e o namorado dela, de prenome Iuri, foram baleados dentro da própria casa, na quarta-feira (16/11). 


De acordo com as primeiras apurações, o casal ouviu diversas batidas na porta. Do lado de fora, estavam vários homens armados, que invadiram a residência. Assustadas, as vítimas não tiveram tempo de correr e foram atingidas. A jovem não resistiu aos ferimentos, enquanto o rapaz está internado. 


Policiais militares da 79ª Companhia Independente (CIPM/Poções) foram acionados pelos vizinhos. Ao chegarem no local, constataram a ocorrência e acionaram o Departamento de Polícia Técnica. 


Mas o que motivou o crime? O titular da Delegacia Territorial de Barra do Choça, Marcelo Cavalcante, detalhou ao Aratu On que o Conjunto Habitacional Outo Ville 2, onde tudo aconteceu, já foi uma célula do crime organizado.


"Neste mesmo local, em agosto deste ano, realizamos uma operação que desarticulou um forte ponto dos traficantes. Três foram mortos, diversas armas e drogas apreendidas", detalhou. A Polícia Civil não descarta a possibilidade de o casal ter sido executado como uma retaliação, porque, nesse momento, nada liga Lívia e Iuri ao crime organizado. 


"Sabemos que [as vítimas] eram queridas, pessoas de bem e, até então, não cogitamos que eles fossem envolvidos com nada ilícito", afirmou o delegado. A versão que distancia o casal do tráfico é confirmada pelos familiares da vítima fatal, que foram ouvidos pelas autoridades na manhã desta quinta (17/11).


Sem receber visitas e protegido pelas autoridades, Iuri segue internado e está entubado. Porém, a investigação não está sendo fácil: a "lei do silêncio", como é conhecido o medo que a população tem de colaborar com as investigações por conta da presença das organizações criminosas, vem sendo uma barreira.


"Ninguém fala. O trauma causado pelo tráfico na localidade é tão grande que, mesmo fragilizado no conjunto habitacional, os moradores ainda temem represálias dos traficantes, completou o delegado. 


Conhecidos por serem muito queridos na localidade, Lívia era articuladora da Creche Sheila Teixeira, além de famosa no bairro por seu bom serviço e gentileza. Nas redes sociais da Prefeitura, uma nota de pesar foi publicada, onde dezenas de comentários, em formato de luto, foram feitos. 






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