Padrasto é preso por estuprar enteada; jovem foi obrigada a abortar

As duas gestações da adolescente ocorreram no ano passado

Por Da Redação.

Um homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso nesta quinta-feira (5), em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, por suspeita de estuprar a enteada, de 16 anos, e tentar interromper a gravidez dela duas vezes com uso de medicamentos abortivos.

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Foto: Polícia Civil

Em nota, a Polícia Civil informou os abusos sexuais teriam começado quando a vítima tinha 8 anos. Neste período, segundo a corporação, ela foi ameaçada para manter os crimes em segredo.

As gestações da adolescente ocorreram no ano passado. O suspeito foi levado para a delegacia da cidade e permanece à disposição da Justiça.

Estupro na Bahia

O Brasil vive um cenário alarmante de violência sexual contra crianças e adolescentes. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, o país registrou 83.988 casos de estupro em 2023 — um aumento de 91,5% em relação a 2011. A cada hora, sete crianças ou adolescentes são vítimas desse crime. Do total de ocorrências, 76% envolvem vítimas consideradas vulneráveis, ou seja, menores de 18 anos.

Grande parte dos casos ocorre no ambiente doméstico. Os dados apontam que 61,7% dos estupros contra crianças e adolescentes são cometidos por familiares ou pessoas próximas, o que dificulta a identificação e a denúncia.

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Na Bahia, os números também preocupam. De acordo com dados do Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, em 2024 foram registradas 33.761 denúncias de violações de direitos humanos no estado. Destas, 13.740 envolvem vítimas infantojuvenis, incluindo casos de violência sexual. Em 2025, até o dia 5 de maio, foram contabilizadas 568 denúncias de estupro de vulnerável na Bahia — o quinto maior volume entre os estados brasileiros.

No mesmo período, o Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) ofereceu 1.764 denúncias de estupro de vulnerável à Justiça. Já o Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) registrou 2.907 procedimentos voltados à proteção de crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual em 2024.

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