Mulher é presa em flagrante por injúria contra escrivã da Polícia Civil no interior da Bahia
A suspeita também desacatou um investigador durante a diligência
Uma mulher foi presa em flagrante, em Mairi, a cerca de 300 km de Salvador, por injúria racial e desacato contra servirores da Polícia Civil (PC) de Capim Grosso. A prisão ocorreu nessa terça-feira (26/3).
Segundo informações da PC, equipes do Serviço de Inteligência (SI) da DT estavam cumprindo uma ordem de serviço na casa de uma mulher, investigada pelo crime de ameaça, quando foram recebidos por sua companheira. A flagranteada se irritou com a presença dos policiais, desacatando um dos investigadores e agredindo verbalmente uma escrivã com termos racistas.
A mulher foi submetida ao exame de lesão corporal e segue custodiada e à disposição da Justiça.
CRIME
Vale destacar que, em janeiro deste ano, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sancionou a lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, que é inafiançável e imprescritível.
A sanção ocorreu durante a cerimônia de transmissão de cargo das ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, no Palácio do Planalto.
Aprovado pelo Congresso em dezembro do ano passado, o texto inscreve a injúria, hoje contida no Código Penal, na Lei do Racismo e cria o crime de injúria racial coletiva.
O crime de injúria racial é caracterizado quando a honra de uma pessoa específica é ofendida por conta de raça, cor, etnia, religião ou origem.
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