Idoso suspeito de matar empresário no Dois de Julho é alvo de operação da polícia, que promete concluir inquérito em breve; ele está com tornozeleira
O assassinato ocorreu no dia 22 de agosto. Segundo a Polícia Civil, Emiliano interveio na discussão da vítima com sua esposa e efetuou três disparos contra o homem.
A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta quinta-feira (11/11), mandados de prisão domiciliar, busca e apreensão contra o policial militar aposentado Emiliano Melo dos Santos, de 98 anos. Ele é investigado como autor da morte de Welton Lopes Costa, ocorrida em agosto deste ano, no Largo Dois de Julho, em Salvador.
O PM estava na casa de familiares, na Ilha de Vera Cruz. O coordenador da 3ª Delegacia de Homicídios, Oscar Vieira, confirmou que o idoso está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. “No curso da investigação, coletamos informações de que ele tem um histórico de ações violentas, portanto solicitamos essas medidas cautelares”, informou.
Apuração do Aratu On, dias após o crime, mostrou que Emiliano Melo é natural do município de Pojuca, na Região Metropolitana de Salvador, onde ele era "persona non grata". Somente na Delegacia Territorial, ele já foi intimado pelo menos uma vez porque estaria intimidando um rapaz. Além disso, vizinhos no Dois de Julho reclamavam de violência.
A ação desta quinta contou com o apoio de policiais da 24ª Delegacia Territorial (DT/Vera Cruz), além da 18ª DT/Itaparica. As equipes ainda realizaram buscas com o objetivo de apreender a arma do crime, ainda não localizada.
O delegado da 3ª DH/BTS acrescentou que o inquérito do caso deve ser concluído nas próximas semanas. “Estamos finalizando o procedimento para encaminhar ao Judiciário”.
CASO
O assassinato ocorreu no dia 22 de agosto. Segundo a Polícia Civil, Emiliano interveio na discussão da vítima com sua esposa e efetuou três disparos contra o homem, que foi socorrido ao Hospital Geral do Estado (HGE). A companheira de Welton também foi baleada e levada à uma unidade de saúde. Um vídeo mostra o momento que Welton é baleado.
O militar aposentado foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi ouvido e liberado, após alegar legítima defesa.
Na época, a polícia chegou a dizer que o revólver utilizado tinha sido apreendido. Por conta da morte, vizinhos e amigos da vítima fizeram um protestos cobrando a prisão de Emiliano, que saiu do bairro após a execução.
Em uma fotografia que a reportagem da TV Aratu teve acesso, o ex-PM aparece ao lado do corpo da vítima caída no Largo 2 de Julho. No registro, o idoso, que já havia sido flagrado por câmeras de segurança com arma em punho antes de o empresário ser atingido, está olhando para o ferido que agoniza ao solo, ignorando envolvimento.
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