Casal baiano e outros 17 brasileiros são presos pelo FBI por suspeita de participação em esquema de estelionato nos EUA
“Esse esquema era muito grande, violou a privacidade dos clientes e permitiu que motoristas não qualificados trabalhassem em serviços de transporte compartilhado", disse o Procurador em exercício.
Pelo menos 19 brasileiros, incluindo o casal de baianos do município de Vitória da Conquista, a 517 km de Salvador, Wemerson Dutra Aguiar, 25, e Priscila Barbosa, 35, foram presos em Massachusetts, Boston, nos Estados Unidos, por suspeita de envolvimento em um esquema de estelionato que vitimou mais de 2 mil pessoas na América do Norte.
O esquema envolvia a obtenção de imagens das carteiras de habilitação e números do Seguro Social das vítimas.
Segundo o Departamento de Justiça do Distrito de Massachusetts, o golpe consistia na criação de contas fraudulentas de motoristas com várias empresas de serviços de compartilhamento de viagens e entrega usando identidades roubadas e de alugar ou vender essas contas para motoristas que não se qualificariam para dirigir.
O esquema, que ocorria desde janeiro de 2019, envolvia o uso de contas fraudulentas para explorar os programas de bônus de referência da empresa e o uso de “bots” e tecnologia de falsificação de GPS para aumentar a receita.
“Esse esquema era muito grande, violou a privacidade dos clientes e permitiu que motoristas não qualificados trabalhassem em serviços de transporte compartilhado e entrega de comida”, disse o procurador em exercício dos Estados Unidos, Nathaniel R. Mendell.
O agente encarregado da Divisão de Boston do Federal Bureau of Investigation, Joseph R. Bonavolonta, ressaltou que os brasileiros são acusados de executar o golpe em todo o país e que arrastaram milhares de pessoas inocentes para o esquema, roubando suas identidades.
“Eles pensaram que seria uma maneira fácil de gerar algum dinheiro rápido, mas, ao fazer isso, comprometeram a segurança pública ao colocar pessoas ao volante que não conseguiriam empregos nessas empresas por conta própria”, disse. “Esse grande esquema fraude teria sido mais difícil de detectar se não fosse a ajuda das empresas neste caso, que estão fazendo um esforço de boa-fé para erradicar a fraude e melhorar a segurança de seus clientes”, acrescentou.
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