Voluntários passam dois meses na cama para experimento sobre ausência da gravidade
A experiência já acontece há cinco semanas e os 12 candidatos estão 'hospedados' na clínica Medes, uma filial de saúde do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES)
Créditos da foto: divulgação/ Lionel Bonaventure/AFP
"No começo, você se vê perdendo peso todos os dias". Esse foi a primeira sensação vivenciada por Matthieu, um dos voluntários que topou o desafio de passar dois meses deitado em uma cama em Toulouse, cidade localizada no sul da França, para experimentar a ausência de gravidade e ajudar a melhorar as condições de vida dos astronautas em missão.
A experiência já acontece há cinco semanas e os 12 candidatos estão 'hospedados' na clínica Medes, uma filial de saúde do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES).
De acordo com o portal UOL, as camas dos voluntários, escolhidos entre 3.000 candidatos, cujos sobrenomes não foram divulgados, permanecem inclinadas durante 60 dias, em um ângulo de -6 graus. Esta posição é a que melhor recria os efeitos da ausência de gravidade, a que os astronautas são submetidos no espaço.
"Entramos na fase exploratória espacial. Estamos realmente tentando ir à Lua e a Marte. Não é ficção. E isso implica voos de longa distância, de dois a três anos", explica Audrey Bergouignan, do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS).
"A exposição à microgravidade tem impacto no conjunto dos sistemas fisiológicos (...) e provoca alterações que tentamos entender e prevenir", mediante protocolos que são testados primeiro em terra, afirma a pesquisadora.
Detalhes do experimento
Na clínica, a organização é feita para que os 12 voluntários possam permanecer deitados por todo o tempo. Por trás, existe uma equipe com cerca de 100 pessoas encarregadas de acompanhá-los ao longo do estudo, de profissionais de saúde a pesquisadores.
"Temos condições muito favoráveis para permanecermos deitados. Sempre que precisamos de alguma coisa é só chamar a equipe médica", conta Matthieu, um horticultor de 39 anos que foi convencido pela namorada a participar do experimento, remunerado com 18 mil euros (19.300 dólares, ou 97.272 reais na cotação de hoje) por três meses de presença no local.
Para comparar a evolução do organismo em função do exercício físico realizado, os voluntários são divididos em três grupos: um, deitado, que faz 30 minutos de bicicleta diariamente; outro, que não pratica nenhuma atividade física; e um terceiro, que deve pedalar dentro de uma centrífuga humana em movimento.
"O objetivo é ver se a gravidade artificial criada pela centrífuga, ao girar, melhora os efeitos do exercício físico da bicicleta", explica Marie-Pierre Bareille, chefe da clínica espacial, à qual o CNES e a Agência Espacial Europeia confiaram o experimento.
Se os resultados forem positivos, a gravidade artificial poderá ser reproduzida a bordo de missões de longa duração no espaço, uma vez resolvidas as dificuldades técnicas.
Além dos cuidados com a saúde, os voluntários também tem tempo o suficientes para acessar suas redes sociais, jogar video games, ler e, também, dormir.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
A experiência já acontece há cinco semanas e os 12 candidatos estão 'hospedados' na clínica Medes, uma filial de saúde do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES).
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"Entramos na fase exploratória espacial. Estamos realmente tentando ir à Lua e a Marte. Não é ficção. E isso implica voos de longa distância, de dois a três anos", explica Audrey Bergouignan, do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS).
"A exposição à microgravidade tem impacto no conjunto dos sistemas fisiológicos (...) e provoca alterações que tentamos entender e prevenir", mediante protocolos que são testados primeiro em terra, afirma a pesquisadora.
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Detalhes do experimento
Na clínica, a organização é feita para que os 12 voluntários possam permanecer deitados por todo o tempo. Por trás, existe uma equipe com cerca de 100 pessoas encarregadas de acompanhá-los ao longo do estudo, de profissionais de saúde a pesquisadores.
"Temos condições muito favoráveis para permanecermos deitados. Sempre que precisamos de alguma coisa é só chamar a equipe médica", conta Matthieu, um horticultor de 39 anos que foi convencido pela namorada a participar do experimento, remunerado com 18 mil euros (19.300 dólares, ou 97.272 reais na cotação de hoje) por três meses de presença no local.
Para comparar a evolução do organismo em função do exercício físico realizado, os voluntários são divididos em três grupos: um, deitado, que faz 30 minutos de bicicleta diariamente; outro, que não pratica nenhuma atividade física; e um terceiro, que deve pedalar dentro de uma centrífuga humana em movimento.
"O objetivo é ver se a gravidade artificial criada pela centrífuga, ao girar, melhora os efeitos do exercício físico da bicicleta", explica Marie-Pierre Bareille, chefe da clínica espacial, à qual o CNES e a Agência Espacial Europeia confiaram o experimento.
Se os resultados forem positivos, a gravidade artificial poderá ser reproduzida a bordo de missões de longa duração no espaço, uma vez resolvidas as dificuldades técnicas.
Além dos cuidados com a saúde, os voluntários também tem tempo o suficientes para acessar suas redes sociais, jogar video games, ler e, também, dormir.
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