Três presos na operação Jacarezinho são liberados pela Justiça; ação deixou 28 mortos
O trio foi preso em flagrante durante a operação, acusados dos crimes de tráficos de drogas e associação para o tráfico. Os três tiveram a prisão convertida em preventiva no dia 8 de maio, durante audiência de custódia.
Três dos seis presos no dia 6 de maio durante a Operação Exceptis, na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, serão liberados pela Justiça. De acordo com o desembargador que decidiu sobre a soltura dos suspeitos, houve excesso de prazo desde a prisão dos acusados.
A expedição dos alvarás de soltura foi determinada nesta última terça (1/6), pelo desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Patrick Marcelo da Silva Francisco, Max Arthur Vasconcellos de Souza e Vinicius Pereira da Silva serão contemplados pela determinação.
Segundo TJ-RJ, o pedido de liminar foi feito pela defesa de Francisco, alegando que o rapaz estaria preso, mesmo sem uma denúncia formal. O magistrado estendeu a soltura a outros dois presos, considerando que não foi oferecida denúncia.
O trio foi preso em flagrante durante a operação, acusados dos crimes de tráficos de drogas e associação para o tráfico. Os três tiveram a prisão convertida em preventiva no dia 8 de maio, durante audiência de custódia.
Nos autos, o desembargador considerou que o excesso de prazo sem ser feita a denúncia contra os presos caracteriza constrangimento ilegal.“Verifico que o deferimento liminar da ordem é medida que se impõe, diante do constrangimento ilegal por excesso de prazo. Isso porque, ao analisar a documentação apresentada, pude constatar que o paciente e os corréus estão cautelarmente segregados desde o dia 06/05/2021, sem que tenha sido oferecida denúncia, o que já ultrapassa em muito o prazo razoável”, argumentou Almeida Neto.
A Operação Exceptis foi a operação com maior número de mortes em confronto entre policiais e traficantes no Rio de Janeiro. A ação no Jacarezinho visava combater grupos armados de traficantes de drogas que estariam aliciando crianças para o crime. Segundo a polícia, 28 morreram na ocasião, incluindo um policial.
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