Traficantes espancam homem de 54 anos até a morte em Itapuã; suspeitos teriam sido enganados por rapaz traído

A semana de Jaime Ferreira da Silva era de festa, afinal seu 54º aniversário, comemorado no dia 20 de outubro, tinha acabado de acontecer. O rapaz não sabia, mas dois dias depois ele seria executado. Morador de Itapuã, em Salvador, Jaime foi sequestrado e assassinado por traficantes que agem na região da Rua Nova Esperança. Seu corpo foi localizado dentro de casa, no final da manhã da última terça-feira (22/10). 

Agentes da 15ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Itapuã) disseram ao Aratu On nesta quarta-feira (23/10) que uma viatura foi chamada via Centro Integrado de Comunicação das Polícias (Cicom) para atender uma ocorrência de um corpo que havia sido localizado dentro de um imóvel. No local, confirmaram a informação e chamaram a Polícia Civil. Começava ali todo o mistério envolvendo Jaime, que era querido pela maior parte dos vizinhos. 

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Os policiais militares colheram depoimentos informais e duas versões foram levantadas. Todas elas, porém, têm o mesmo desfecho: traficantes da região foram informados que a vítima estaria abusando sexualmente de uma criança. A polícia descobriu, contudo, que o esposo de uma mulher que estaria mantendo relações com Jaime teria sido o delator e que o possível crime sexual não teria passado de uma história falsa contada pelo traído aos assassinos. 

Oficialmente, a assessoria de imprensa da Polícia Civil contou apenas que o caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico) e que a versão apresentada pelos vizinhos não está confirmada pelo menos nesse primeiro estágio das apurações. O corpo de Jaime foi levado para o Instituto Médico Legal de Salvador e passou por perícia. Ainda não se sabe se será enterrado no município de Tanquinho, sua terra natal. 

Jaime Ferreira da Silva estava separado e não há informações se ele tinha filhos. Foi a ex-esposa dele, inclusive, quem chamou a Polícia Militar. Ele não tinha passagens na Polícia Civil. Contra ele, segundo policiais civis ouvidos pela reportagem do Aratu On, havia uma queixa prestada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Os agentes não disseram a identidade da pessoa que fez o registro e os desdobramentos do caso. 

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