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Agressor de ex segue mandando mensagem pra vítima de dentro de hospital psiquiátrico

MP acionou o Estado da Bahia no que chamou de "omissão na proteção de mulher vítima de violência"

Por Beatriz Bulhões

Agressor de ex segue mandando mensagem pra vítima de dentro de hospital psiquiátricoCréditos da foto: arte/Gabriel Rocha/Aratu On

Uma mulher está recebendo mensagens de áudio de vídeo de whatsapp do ex-namorado, preso por agredí-la, segundo o Ministério Público (MP) divulgou nesta segunda-feira (20/12). O órgão acionou o Estado da Bahia no que chamou de "omissão na proteção de mulher vítima de violência".


Conforme o MP, o agressor, que atualmente está internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCT) de Salvador, continua entrando em contato com a vítima de violência, mesmo havendo medida protetiva de urgência determinando a proibição de qualquer espécie de contato com a ofendida.


Mesmo estando internado, ele descumpriu medidas protetivas de urgência em favor da sua ex-namorada. Segundo o documento, o homem encaminhou, em setembro, áudio e imagem por meio do aplicativo Whatsapp, para a vítima. Ele declarou que pegou o celular do próprio pai para falar com ela.


O promotor alega que o Hospital foi noticiado e tinha plena ciência do descumprimento, mas, ainda assim, permitiu que a medida protetiva de urgência fosse descumprida novamente em novembro. Dessa vez, o custodiado enviou mensagens para a vítima, dizendo saber seu novo endereço e afirmando que logo sairá do HCT e que quer conhecer a nova residência dela.


A ação civil pública (ACP), proposta na última segunda-feira (19/12), pelo promotor de Justiça Felipe Pazzola, diz que ouve omissão na fiscalização do custodiado e no dever de proteger a mulher tem causado danos à vítima e à sociedade. As duas tarefas devem ser feitas pelo Estado.


O MP requer decisão liminar, determinando ao Estado que proíba, imediatamente, que o custodiado tenha acesso a telefone celular, internet ou outro meio de comunicação que permita o contato com a vítima, enquanto estiver internado no HCT. Como reparação para a vítima e toda a sociedade, o promotor solicita à Justiça condenação ao Estado de pagamento de indenização no total de R$ 500 mil, além de aplicação de multa de R$ 100 mil, para cada descumprimento da medida protetiva de urgência.


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