Soldado acusado de matar empresário espanhol é desligado da PM

O soldado Maurício Correia dos Santos, suspeito de assassinar o economista e empresário espanhol Márcio Perez Santana, de 42 anos, foi oficialmente desligado da Polícia Militar da Bahia. O crime ocorreu em setembro de 2018 e também envolve o soldado Saulo Reis Queiroz, que atualmente se encontra preso.

O caso teve início com uma perseguição policial que começou após uma abordagem à residência de Márcio no bairro de Armação, em Salvador. Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), Maurício e Saulo foram acusados de homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra uma mulher que estava no carro com a vítima. A mulher, no entanto, não ficou ferida.

Conforme a acusação, os policiais militares teriam surpreendido Márcio com uma série de tiros. Ao tentar fugir, ele foi perseguido e atingido pelas costas. Já na versão dos acusados, os militares afirmam que foram acionados após uma denúncia de assalto na região. Eles alegam que o veículo de Márcio correspondia às características descritas na ocorrência e que, após ele não obedecer à ordem de parada, dispararam em direção ao veículo, quando Márcio perdeu o controle e colidiu contra um barranco.

O Aratu On teve acesso ao Boletim Geral Ostensivo que confirmou a demissão de Maurício no último dia 6. A decisão foi tomada com base em um processo disciplinar administrativo, aplicado em casos de condutas ilícitas graves por parte de militares. Saulo, por sua vez, cumpre uma sanção disciplinar de 30 dias de detenção.

A motivação para o crime nunca foi formalmente esclarecida pelo Ministério Público, mas circulam informações de que Maurício estaria com ciúmes de Márcio, devido a um breve relacionamento que o empresário teria tido com uma ex-namorada do policial. Essa mesma mulher estava no carro com Márcio no momento do ocorrido.

Ambos os soldados eram lotados na 58ª CIPM/Cosme de Farias. O crime, embora tenha ocorrido há sete anos, resultou na prisão dos acusados cerca de 20 dias após os fatos. Eles permaneceram custodiados por nove meses, foram liberados, mas acabaram presos novamente por mais um ano, conforme informações do Portal do Casé. A prisão preventiva foi decretada após a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) acolher um recurso do promotor de Justiça Luciano Assis.

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