Resgatados em trabalho análogo à escravidão baianos que estavam no ES devem ser indenizados hoje
Os homens resgatados foram encaminhados para um hotel, onde aguardam pelo pagamento dos valores rescisórios, estimados em R$ 169 mil
Créditos da foto: Reprodução/TV Aratu
Durante uma operação da Polícia Federal e do Ministério do Trabalho, um grupo de 35 trabalhadores baianos foram encontrados em condições de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda de café, no município de Pancas, no Noroeste do Espírito Santo. Os homens resgatados foram encaminhados para um hotel, onde aguardam pelo pagamento dos valores rescisórios - estimados em R$ 169 mil.
Após o retorno à Bahia, os primeiros atendimentos às vítimas serão feitos nos seus municípios de origem, priorizando a avaliação e o encaminhamento das necessidades de saúde e de assistência social. Ao mesmo tempo, a equipe da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), que atua com o tema, acompanha a formalização de outras providências, a exemplo da regularização dos direitos trabalhistas dos traficados, junto à rede estadual de combate a esse tipo de crime.
“Na Bahia, atuamos a partir do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo da SJDH. Articulamos tanto os órgãos de governo quanto os órgãos parceiros da Coetrae para garantir o suporte intersetorializado que a vítima necessita ao sair do contexto de exploração. Mas precisamos ampliar as dimensões da nossa atuação no sentido de convencer a sociedade a contribuir para a erradicação desse crime perverso, que alicia as pessoas, a partir da sua fragilidade mais genuína, que é o sonho de uma vida melhor”, declarou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas.
Os trabalhadores relataram que saíram da Bahia e das suas cidades natais para atuar na colheita de café, e chegaram ao estado capixaba no dia 10 de abril. Em reportagem ao Programa Bom Dia Bahia, a apresentadora Lorena Dias detalha as condições precárias vividas pelo grupo resgatado, como o alojamento em que eles viviam, tinha banheiros sujos e colchões espalhados em um espaço que era dividido com a cozinha.
Além da calamidade do local, os trabalhadores precisavam arcar com os custos e eram obrigados a pagar em torno de R$ 100 para fazer deslocamentos do alojamento até o local de trabalho. Outros valores também estavam dentro do "contrato". Os trabalhadores chegavam na fazenda com um débito de R$ 380 e R$ 450, que seria da passagem para trazê-los para o Espírito Santo.
Confira a matéria completa:
https://youtu.be/FbGIvEZhWV8?si=-61HHoI5Ybd_bg5rv
BAHIA
A Bahia foi o nono Estado a ter um Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e o primeiro a implantar um Núcleo Municipal de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes. Inaugurada em março de 2011 a unidade baiana funciona no Casarão da Diversidade, no Pelourinho. Desde sua abertura até dezembro de 2023, o Núcleo atendeu mais de 1.540 vítimas resgatadas do tráfico de pessoas, sendo a maior parte resgatada do tráfico de pessoas para fins de exploração laboral, em seguida exploração sexual e adoção ilegal.
LEIA MAIS: Marinha envia navio de guerra com hospital de campanha para ajudar vítimas no RS
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).
Após o retorno à Bahia, os primeiros atendimentos às vítimas serão feitos nos seus municípios de origem, priorizando a avaliação e o encaminhamento das necessidades de saúde e de assistência social. Ao mesmo tempo, a equipe da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), que atua com o tema, acompanha a formalização de outras providências, a exemplo da regularização dos direitos trabalhistas dos traficados, junto à rede estadual de combate a esse tipo de crime.
“Na Bahia, atuamos a partir do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo da SJDH. Articulamos tanto os órgãos de governo quanto os órgãos parceiros da Coetrae para garantir o suporte intersetorializado que a vítima necessita ao sair do contexto de exploração. Mas precisamos ampliar as dimensões da nossa atuação no sentido de convencer a sociedade a contribuir para a erradicação desse crime perverso, que alicia as pessoas, a partir da sua fragilidade mais genuína, que é o sonho de uma vida melhor”, declarou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas.
Os trabalhadores relataram que saíram da Bahia e das suas cidades natais para atuar na colheita de café, e chegaram ao estado capixaba no dia 10 de abril. Em reportagem ao Programa Bom Dia Bahia, a apresentadora Lorena Dias detalha as condições precárias vividas pelo grupo resgatado, como o alojamento em que eles viviam, tinha banheiros sujos e colchões espalhados em um espaço que era dividido com a cozinha.
Além da calamidade do local, os trabalhadores precisavam arcar com os custos e eram obrigados a pagar em torno de R$ 100 para fazer deslocamentos do alojamento até o local de trabalho. Outros valores também estavam dentro do "contrato". Os trabalhadores chegavam na fazenda com um débito de R$ 380 e R$ 450, que seria da passagem para trazê-los para o Espírito Santo.
Confira a matéria completa:
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BAHIA
A Bahia foi o nono Estado a ter um Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e o primeiro a implantar um Núcleo Municipal de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes. Inaugurada em março de 2011 a unidade baiana funciona no Casarão da Diversidade, no Pelourinho. Desde sua abertura até dezembro de 2023, o Núcleo atendeu mais de 1.540 vítimas resgatadas do tráfico de pessoas, sendo a maior parte resgatada do tráfico de pessoas para fins de exploração laboral, em seguida exploração sexual e adoção ilegal.
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